Derrubar a floresta amazônica para plantar soja é mais prejudicial ao clima do que desmatar para criação de gado, segundo o estudo realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e publicado na edição atual da revista Geophysical Research Letters.
Segundo a Agência Fapesp, os campos de soja reduzem até quatro vezes mais os níveis de chuva quando comparados a áreas de pastagens. No estudo, os pesquisadores registraram as mudanças na refletividade de campos experimentais de soja e aplicaram os dados em um modelo climático.
Numa simulação em que três quartos da área de floresta foram substituídos por soja, a redução de chuvas chegou a 15,7%. Quando substituída por pastagens, a queda de precipitação foi de 3,9%. "Assumia-se que não haveria diferença se a floresta desse lugar a outras atividades.
"Para testar a hipótese, comparamos tais resultados com as parametrizações que obtivemos com um estudo experimental em uma lavoura de soja", disse o coordenador da pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Agrícola do Centro de Ciências Agrárias da UFV, Marcos Heil Costa.
Redação Terra
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