Um dos maiores ambientalistas do mundo, Richard Leakey, alertou nesta quinta-feira (31) para o perigo de extinção dos grandes macacos, os primatas mais próximos do homem. Segundo Leakey, paleontólogo e atual presidente da organização Wildlife Direct, os símios de todo o mundo são expostos aos efeitos combinados da caça, das doenças e do desmatamento.
O uso crescente de biocombustíveis constitui um perigo a mais, já que aumentou a pressão para o desmatamento das florestas tropicais, habitat natural desses animais, explica Leakey, citado pelo jornal inglês The Guardian. Os especialistas advertem que o consumo cada vez maior de combustíveis alternativos pode significar o desaparecimento, em uma geração, dos 50 mil macacos que ainda sobrevivem.
Leakey, que ficou muitos anos à frente do serviço de proteção à fauna do Quênia (país onde nasceu em 1944), reiterará hoje sua advertência em uma palestra na Royal Geographical Society, de Londres. Segundo o zoólogo e paleontólogo, a atividade humana é diretamente responsável pela morte de milhões de gorilas, chimpanzés e outros símios no mundo todo.
Aproximadamente 80% do habitat dos orangotangos no Sudeste Asiático foi arrasado nos últimos 20 anos pela demanda crescente de terreno para produzir óleo de palma destinado aos mercados tropicais. Leakey fez um apelo aos políticos que preparam um novo tratado internacional para regular as emissões de CO2 para que se concentrem mais nos incentivos para conservar as florestas tropicais do Sudeste Asiático, da África, da América Central e da América do Sul.
Segundo o paleontólogo, a luta contra o desmatamento serviria ao mesmo tempo para limitar o efeito estufa e conter a extinção dos símios. Leakey, que patrocina um programa da ONU para a sobrevivência dos grandes primatas, reivindica soluções mais imaginativas, como os créditos à conservação da biodiversidade e os habitats da vida selvagem que um país poderia vender a outros para "compensar" suas próprias emissões de CO2.
"Parece que custa muito mais conservar a beleza natural que gastar £ 80 milhões em um Picasso e uma fortuna em persegui-lo", critica. Leakey insiste que os países em desenvolvimento devem assumir sua cota de responsabilidade no aquecimento global, sobretudo no que diz respeito ao desmatamento.
"Não acho que o Quênia possa relaxar no fato de ser um país jovem e que, como antes nos exploraram, agora têm que nos conceder um respiro. É preciso olhar o efeito que todos temos no planeta", explica. Leakey critica o chamado "ecoturismo" - palavra que, para ele, encerra uma contradição porque não há turismo ecológico, e sim "uma corrida desesperada para fazer dinheiro enquanto puder". (Efe/ Terra)
O uso crescente de biocombustíveis constitui um perigo a mais, já que aumentou a pressão para o desmatamento das florestas tropicais, habitat natural desses animais, explica Leakey, citado pelo jornal inglês The Guardian. Os especialistas advertem que o consumo cada vez maior de combustíveis alternativos pode significar o desaparecimento, em uma geração, dos 50 mil macacos que ainda sobrevivem.
Leakey, que ficou muitos anos à frente do serviço de proteção à fauna do Quênia (país onde nasceu em 1944), reiterará hoje sua advertência em uma palestra na Royal Geographical Society, de Londres. Segundo o zoólogo e paleontólogo, a atividade humana é diretamente responsável pela morte de milhões de gorilas, chimpanzés e outros símios no mundo todo.
Aproximadamente 80% do habitat dos orangotangos no Sudeste Asiático foi arrasado nos últimos 20 anos pela demanda crescente de terreno para produzir óleo de palma destinado aos mercados tropicais. Leakey fez um apelo aos políticos que preparam um novo tratado internacional para regular as emissões de CO2 para que se concentrem mais nos incentivos para conservar as florestas tropicais do Sudeste Asiático, da África, da América Central e da América do Sul.
Segundo o paleontólogo, a luta contra o desmatamento serviria ao mesmo tempo para limitar o efeito estufa e conter a extinção dos símios. Leakey, que patrocina um programa da ONU para a sobrevivência dos grandes primatas, reivindica soluções mais imaginativas, como os créditos à conservação da biodiversidade e os habitats da vida selvagem que um país poderia vender a outros para "compensar" suas próprias emissões de CO2.
"Parece que custa muito mais conservar a beleza natural que gastar £ 80 milhões em um Picasso e uma fortuna em persegui-lo", critica. Leakey insiste que os países em desenvolvimento devem assumir sua cota de responsabilidade no aquecimento global, sobretudo no que diz respeito ao desmatamento.
"Não acho que o Quênia possa relaxar no fato de ser um país jovem e que, como antes nos exploraram, agora têm que nos conceder um respiro. É preciso olhar o efeito que todos temos no planeta", explica. Leakey critica o chamado "ecoturismo" - palavra que, para ele, encerra uma contradição porque não há turismo ecológico, e sim "uma corrida desesperada para fazer dinheiro enquanto puder". (Efe/ Terra)