Coleta seletiva de lixo gera empregos e reduz focos da dengue em Paracambi

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Desde que o centro de reciclagem de lixo começou a funcionar em Paracambi, na Baixada, há dois anos, o número de casos da dengue diminuiu na região.



É uma equação simples: menos lixo nas ruas, menos acúmulo de água da chuva, menos chances de proliferação do Aedes aegypti.

Uma iniciativa como essa traz outras conseqüências boas. Além de a cidade ficar mais limpa, a reciclagem também deu oportunidade de emprego para os antigos catadores.

De luva e máscara, os funcionários da Companhia de limpeza organizam o material reciclado. São garrafas pet, papéis, plástico pegado no lixo e que agora têm um destino certo. O material separado no centro de reciclagem gera recursos que ajudam na limpeza da cidade.

Criado em 2006, o projeto tem tirados as pessoas do aterro sanitário. Uma atividade que deu a ex catadora Adriana Oliveira da Silva um emprego fixo. “Temos um salário agora, cesta básica e coisas que não sabíamos que eram recicláveis lá aqui é também”, conta.

De acordo com a Companhia de desenvolvimento de Paracambi, não foram só os catadores que sumiram do lixão. Desde que o projeto foi implantado no município, o aterro sanitário deixou de receber por mês cerca de 30 toneladas de lixo. Mas o que mais causou surpresa é que o processo de reciclagem também ajudou a reduzir o número de casos de dengue.

De janeiro a novembro deste ano a Secretaria de Saúde registrou 1.080 notificações da doença na cidade. Número 20% menor do que no mesmo período de 2006. “Em vez de a pessoa ficar se preocupando em fechar caixa d´água velha e jogar panela fora e ficar virando garrafa é simples: coloca num saco preto que disponibilizamos para os moradores e ele mandar para cá e nós damos destino um final nele” , explica Marly de Souza, gestora ambiental.

Marcelo dos Santos foi um dos moradores que aderiram a coleta seletiva de lixo. Ele troca sacos vazio com outros cheios do material que podem ser reciclados. Além de manter a casa limpa ele ajuda na luta contra a dengue.“Tem um pouco de trabalho, mas é melhor ter trabalho prevenindo a dengue do que amanhã ter um filho nosso ou irmão ter que ir levar para o hospital”, alerta.

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