Gripe suína mata sete ianomâmis na Venezuela

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Jornal do Brasil
 
A gripe suína atingiu uma tribo de indíos ianomâmis, que vive na Floresta Amazônica, mas em território venezuelano, bem perto da fronteira com o Brasil. Pelo menos sete índios morreram nas duas últimas semanas, disse ontem a ONG Survival International. Cerca de outros mil ianomâmis que vivem na Venezuela teriam sido contaminados pela gripe, de acordo com o grupo de proteção aos direitos dos povos indígenas.

Aproximadamente, 32 mil ianomâmis vivem na região de fronteira do Brasil com a Venezuela, formando a maior tribo relativamente isolada da Amazônia. Há uma preocupação de que a gripe possa se espalhar pela região e causar mais mortes entre os índios, que têm pouca resistência a vírus introduzidos em suas comunidades.

O diretor da Survival, Stephen Corry, disse que a situação é crítica e que os governos de Venezuela e Brasil devem agir imediatamente para deter a epidemia e melhorar as condições de saúde dos índios.

– Se eles não agirem, podemos ver centenas de ianomâmis morrendo.

Isso seria devastador para essa tribo isolada, cuja população se recuperou apenas recentemente das epidemias que dizimaram seu povo 20 anos atrás.

Cerca de 20% dos ianomâmis morreram de gripe, malária e outras doenças disseminadas nos anos 1980 e 1990 quando garimpeiros invadiram seu território, de acordo com a ONG. Na ocasião, o governo da Venezuela fechou a fronteira e enviou equipes médicas à região.

O vírus H1N1, da gripe suína, espalhou-se pelo mundo e matou mais de 5 mil pessoas desde seu surgimento este ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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