Groenlândia este ano continua derretendo em ritmo sem precendentes

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Alexandre Mansur - Época

A região do Ártico continua esquentando em um ritmo sem precedentes. É a conclusão principal de um estudo de 69 cientistas de várias partes do mundo, que participaram de o Arctic Report Card, um levantamento extenso coordenado pela NOAA, agência de atmosfera e oceanos dos Estados Unidos.

Faz sentido diante da escalada recente de calor. Os primeiros 9 meses do ano são os mais quentes já registrados.
Segundo os pesquisadores, a Groenlândia está registrando temperaturas que batem os recordes dos registros históricos. As taxas de derretimento e perda de área de geleiras também são as mais altas já registradas.

O gelo no período do verão também continua cada vez menor. A área gelada na virada de 2009 para 2010 foi o terceiro mais baixo já registrado desde 1979. A espessura do gelo continua diminuindo. A menor espessura de 2010 é a terceira mais baixa desde 1979, acima apenas do que foi marcado em 2008 e 2007.

A quantidade de neve sobre a superfície da região é a menor desde que as medições começaram, em 1966.

O que acontece nessa região remota tem grande importância para nós, segundo os cientistas. As geleiras da Groenlândia podem elevar o nível do mar em alguns metros caso derretam. Mas antes disso, as mudanças no clima do Pólo Norte têm grande impacto no clima do resto do planeta. A superfície branca do Ártico funciona como um espelho, que reflete a luz solar. Na medida que derrete e fica escura, passa a reter mais calor. Isso acelera o aquecimento de todo o planeta. Além disso, as mudanças no ártico desequilibram a circulação de massas de ar e as correntes marinhas que mantém os padrões de clima que conhecemos em outras regiões da Terra. O Ártico também é área de alimentação e reprodução de várias espécies que circulam no resto do Hemisfério Norte.

“Além de afetar os humanos e a vida selvagem local, as temperaturas mais quentes no Ártico tem conseqüências mais amplas para os sistemas físicos e biológicos de outras partes do mundo”, diz Jane Lubchenco, diretora da NOAA.

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