Seca deixa mais da metade do Amazonas em estado de emergência

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Faltam apenas cinco centímetros para a estiagem deste ano alcançar a marca história de 1963, o que deve ocorrer neste domingo.

Jornal Nacional

A estiagem atinge a Região Norte do país: 38 municípios do estado do Amazonas já decretaram situação de emergência.

As casas flutuantes agora estão sobre o leito seco de um dos afluentes do Rio Negro. 

Canoeiros ficaram sem trabalho. “São dois meses e meio totalmente parado, sem nenhum tipo de atividade”, reclama Adonis Custódio, da Cooperativa dos Canoeiros

Ao todo, 38 municípios já decretaram situação de emergência. É mais da metade do estado do Amazonas. Vinte e duas mil famílias enfrentam dificuldades por causa da seca. Faltam apenas cinco centímetros para a estiagem deste ano alcançar a marca história de 1963, o que deve ocorrer neste domingo.

Na região do encontro das águas, onde o Rio Negro se junta ao Solimões, um cenário nunca antes visto: há praias por todo lado, ilhas feitas de argila e pedra que surgiram pela primeira vez. É um perigo para a navegação.

A seca extrema também intensificou o fenômeno de desbarrancamento das margens, conhecido como “terras caídas”.

“A água do rio desce muito rápido. No entanto, o barranco continua com água e acumula um peso muito grande, que leva ao seu desabamento”, explica Marco Oliveira, do Serviço Geológico do Brasil.

Os barrancos só voltam a estar seguros quando os rios começarem a encher, no fim de novembro.

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