DE SÃO PAULO
Filas de controle de segurança nos Estados Unidos. Um banho de mar em Cancún, outro mergulho no Rio. Uma breve passagem para fotografar a iluminação da torre Eiffel num Natal em Paris. Uma temporada em Barcelona.
O roteiro parece ter sido planejado por experientes mochileiros. Mas esses viajados aqui têm quatro patas: são Silas, 75 quilos, e Zorba, 70 quilos, dois cães da raça terra-nova.
Nascidos em 2008 e 2009, nos EUA, os dois voaram pela primeira vez ainda filhotes, quando foram enviados para seu dono, o brasileiro Wdson Brum, que vivia no México.
"Eles adoram viajar. Têm passaporte e fazem visitas obrigatórias ao veterinário para renovar os atestados exigidos nas imigrações", diz Brum.
Em 2011, o trio se mudou para o Brasil. A carreira do executivo no setor hoteleiro seria um longo circuito de decolagens. "Eles até reconhecem as caixas transportadoras que usam nos voos", conta Brum, que diz nunca ter cogitado deixá-los para trás.
Um ano depois, o destino seria a Espanha. Antes de chegar à nova casa, em Barcelona, fizeram escala em Paris.
No último dia 17, novo check-in, agora para São Petersburgo, na Rússia, onde o contrato de Brum dura dois anos.
Arquivo Pessoal
TURBULÊNCIA
A documentação para transporte de animais varia entre países. Antes de viajar, é preciso consultar as regras da origem e do destino.
Deve-se atentar ainda ao conforto do bicho. Os cães não estão livres do jet lag. Por isso, além de um passeio antes da viagem, a veterinária Giulliana Tessari recomenda que o dono deixe objetos com seu cheiro no compartimento. "Evita que ele se sinta abandonado."