Vazamento de óleo atinge nove praias de São Sebastião, no litoral de São Paulo

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São Sebastião pede que banhistas evitem nove praias da cidade.
Locais têm risco de contaminação após vazamento em píer da Petrobras.
Incidente foi controlado, mas ainda não há dimensão dos danos ambientais.


Do G1 Vale do Paraíba e Região
 
 
 Funcionários da Petrobras trabalham na remoção de vazamento, em São Sebastião. (Foto: Jorge Mesquita/Estadão Conteúdo)Equipes da Petrobras trabalham na remoção de vazamento, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. (Foto: Jorge Mesquita/Estadão Conteúdo)

A Vigilância Sanitária alerta os moradores e turistas para que evitem as praias do centro e costa norte de São Sebastião. Os locais podem ter sido afetados por um vazamento de derivados de petróleo, ocorrido na noite desta sexta-feira (5), em uma das redes do píer do Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar). De acordo com a Cetesb, o vazamento foi causado por um problema em uma válvula.

Segundo comunicado da prefeitura, a medida tem como base o princípio da precaução, "já que não se sabe a dimensão da contaminação até o presente momento". As praias que devem ser evitadas, de acordo com a administração municipal, são: Porto Grande, Deserta, Pontal da Cruz, Arrastão, Portal da Olaria, São Francisco, Figueira, Cigarras e Enseada.

De acordo com a Capitania dos Portos, não há indícios de que o vazamento tenha afetado as condições de balneabilidade das praias da região e ainda não se sabe a quantidade exata de óleo que vazou, mas estima que o vazamento não seja de grandes proporções. "Aparentemente o vazamento é pequeno. Vai de uma extensão desde o centro da cidade até o bairro São Francisco. Esse trecho, por terra, tem cerca de cinco quilômetros, mas o que há no mar são pequenas manchas de óleo espalhadas nessa extensão", explicou ao G1 o capitão de fragata Alexandre Motta de Sousa, delegado da Capitania dos Portos.

Ainda de acordo Sousa, a Petrobras realizou as ações de contenção logo que detectou o vazamento, que já foi controlado. Foram lançadas barreiras de contenção e estão sendo utilizados helicópteros na identificação de eventuais manchas de óleo que possam ter escapado desses limites.

"Pelo fato do vazamento ter acontecido à noite, ficou difícil visualizar a extensão no exato momento em que aconteceu, mas hoje a Petrobras está fazendo esse trabalho. A Companhia de Docas também auxilia nesse processo e todos os recursos necessários e disponíveis estão sendo usados no trabalho", disse.

O delegado da Capitania dos Portos também afirmou que as condições climáticas ajudam o trabalho para remoção do óleo. "Desde o contato com o água já há um prejuízo ao meio ambiente, mas agora é preciso concentrar as atenções para retirar o óleo o quanto antes. E o clima hoje está ajudando, tornando mais fácil remover as manchas", afirmou.

Outro lado
 
Por meio de nota, a Transpetro informou que as causas do incidente estão sendo apuradas e que profissionais estão trabalhando para retirar o óleo do mar. Veja a íntegra da nota abaixo:

A Transpetro informa que, por volta das 17h50 desta sexta-feira (05/04), foi detectado um vazamento de combustível marítimo no píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião (SP). Imediatamente, equipes de contingência foram acionadas e, durante toda a noite e a madrugada, atuaram na contenção do vazamento e na remoção do produto. No local da ocorrência, no entorno do píer, o processo de limpeza esta sendo concluído.

Na manhã deste sábado, os profissionais mobilizados pela Transpetro continuam trabalhando para retirar o óleo que se desprendeu da área atingida e alcançou as praias Deserta, Pontal da Cruz, Ponta do Lavapés e Portal da Olaria, em São Sebastião.

A Transpetro disponibilizou todos os recursos necessários para remover o produto. Neste momento, são 27 embarcações e cerca de 300 pessoas mobilizadas na região.

As causas do incidente estão sendo apuradas. O órgão ambiental foi comunicado e os técnicos acompanham os trabalhos de limpeza.
 
São Sebastião pede que banhistas evitem nove praias da cidade (Foto: Reginaldo Pupo/ Estadão Conteúdo)Equipes tentam limpar o local que faz divisa entre as praias Porto Grande e Deserta. (Foto: Reginaldo Pupo/ Estadão Conteúdo)
 
Primeiro caso

Em 6 de setembro do ano passado, uma carreta da Petrobras tombou na SP-55 (Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego) e provocou o vazamento de 15 mil litros de óleo diesel. O material chegou ao córrego Canto do Moreira, situado no lado sul da praia de Maresias, também em São Sebastião. O problema interditou um trecho de 800 metros quadrados da praia para os trabalhos de remoção do óleo.

Cinco dias depois do acidente, a Petrobras e a Cooperativa de Transportes Rodoviários do ABC foram multadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em R$ 92.218,44, cada uma. O valor da multa correspondia a 5.001 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo.

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