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São Paulo – O inventário do Programa Brasileiro GHG Protocol, estudo desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, mostra que, no ano passado, a emissão direta de gases que provocam o efeito estufa não teve redução efetiva.
Foram emitidos 71,6 milhões de toneladas de gás carbônico. Houve queda de 35% no total de emissões em relação a 2011, mas isso ocorre porque uma grande organização que participava da pesquisa deixou de publicar seu inventário em 2012.
O programa, que completa cinco anos, conta com a participação de 106 organizações. Entre os setores com maior representatividade estão a indústria de transformação (35% das organizações), as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (11%), a eletricidade e o gás (7%) e a construção (7%).
As emissões diretas de gases são as provenientes de fontes controladas pela empresa, como de combustão em caldeiras, fornos, veículos, emissões do processo produtivo, emissões de sistemas de ar condicionado e refrigeração.
O levantamento traz também o volume de emissões indiretas de energia adquirida, provenientes da aquisição de energia elétrica e térmica. Essas emissões ocorrem fisicamente no local onde a energia é produzida, mas são de responsabilidade indireta da organização que a consome. No ano passado, a emissão foi 4,8 milhões de toneladas. Em 2011, a mesma fonte havia somado 3,3 milhões de gás carbônico.
Segundo o estudo, o aumento na emissão ocorre em função de recentes decisões do planejamento energético nacional de aumentar a contribuição de fontes não renováveis de energia na matriz brasileira (como termoelétricas a gás natural e a carvão). Isso gera um aumento nas emissões de gases associadas ao consumo elétrico.
Um terceiro grupo mostrado pela pesquisa foi o de emissões indiretas, que são as atividades não controladas pela organização, mas que ocorrem em consequência de suas atividades. Nele, foram emitidos 282,9 milhões de gás carbônico em 2012.