Da Agência Brasil, em São Paulo
Equipes da Defesa Civil do Estado e do município de Taquarituba, a 320 quilômetros de São Paulo, ainda estão fazendo o levantamento dos estragos provocados pelo tornado que atingiu a cidade, na tarde de domingo (22). Duas pessoas morreram e 64 ficaram feridas. A maioria foi atendida e liberada em seguida.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública nesta segunda-feira (23). Metade da cidade ficou sem luz e sem telefone.
A comunicação e o fornecimento de energia já foram, parcialmente, restabelecidos. Com a força do vento estimada entre 150 a 200 quilômetros por hora, pelo menos 150 casas ficaram destelhadas.
Segundo a Prefeitura, muitos desses moradores têm recursos financeiros e não precisaram contar com abrigos municipais.
Por meio de nota, a Defesa Civil do Estado informou que oito pessoas foram abrigadas no Ginásio de Esportes da Vila São Vicente e várias famílias procuraram se alojar em casas de parentes ou de amigos.
O comunicado revela também, que 30 imóveis comerciais sofreram danos. Os prejuízos ainda não foram calculados.
Entre os locais atingidos estão o terminal rodoviário, uma beneficiadora de grãos que incluem feijão, soja e milho produzidos na região e uma empresa de confecção, além de um ginásio municipal poliesportivo que teve a estrutura metálica arrancada. Uma das vigas caiu e matou o adolescente Mateus Pereira.
No trecho da rodovia SP-255, na ligação entre o município de Taquarituba e de Coronel Macedo, um ônibus da viação Transfronteira, que fazia o transporte de um grupo de pessoas a caminho de um evento da terceira idade, tombou ao ser atingido pelas rajadas de vento, e causou a morte do motorista Jamil Francisco da Silva.
A prefeitura lançou SOS para receber doações na conta corrente do executivo municipal : agência 2712-X, do Brasil do Brasil, conta 95000.
Segundo a meteorologista Helena Turon Balbino, do Sétimo Distrito do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), o tornado foi provocado pelo encontro do ar quente e úmido vindo da Amazônia, com o ar polar seco vindo do sul do continente.
Fenômenos como esse, explicou ela, não são frequentes, mas já ocorreram no Vale do Paraíba e em outros pontos do Estado.
"Nós tínhamos visto a formação de uma nuvem pelo radar do IPMet - Instituto de Pesquisas Metereológicas do campus de Bauru da Universidade Estadual Júlio de Mesquisa Filho (Unesp), que indicava a possibilidade de tempestade, mas não imaginávamos a sua magnitude", disse a meteorologista.
-->