Unesco cobra medidas para garantir segurança ambiental da área, no PR.
Relatório dá prazo até 2015 para o governo brasileiro se adequar.
Luiz Haab
Do G1 PR
Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) coloca em risco o título de Patrimônio Natural da Humanidade do parque onde ficam as Cataratas do Iguaçu, no oeste do Paraná. Conforme o documento, a principal atração turística de Foz do Iguaçu pode entrar para a lista vermelha de patrimônios mundiais ameaçados.
Dois motivos são apontados pela organização: o primeiro é a construção da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, que começou em julho de 2013 em Capanema, no sudoeste do estado, a quinhentos metros do início do parque. O outro ponto levantado pela Unesco é a possibilidade de reabertura da Estrada do Colono, trecho de 18 km que corta a mata entre as cidades de Serranópolis do Iguaçu e Capanema.
A primeira vez que a Justiça fechou a estrada foi em 1986. Porém, moradores da região reabriram ilegalmente o caminho em 1997. Em consequência disso, em 1999 o Parque Nacional do Iguaçu já havia entrado para a lista vermelha da Unesco, o que só mudou em 2001, depois que a estrada foi fechada novamente.
A organização deu um prazo até 2015 para que o governo brasileiro garanta que a estrada permanecerá fechada e pede ainda a interrupção imediata da obra da usina, até que seja realizado um estudo detalhado sobre os impactos ambientais no local. “Se o Brasil deixa que a sua mais importante catarata entre numa lista vermelha, é uma vergonha; é dizer que nós não temos capacidade de cuidar de um espaço tão pequeno, em país tão grande e que tem tantos recursos,” lamenta a diretora da Organização Não-Governamental (ONG) WWF Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.
Risco para o turismo
Dois motivos são apontados pela organização: o primeiro é a construção da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, que começou em julho de 2013 em Capanema, no sudoeste do estado, a quinhentos metros do início do parque. O outro ponto levantado pela Unesco é a possibilidade de reabertura da Estrada do Colono, trecho de 18 km que corta a mata entre as cidades de Serranópolis do Iguaçu e Capanema.
A primeira vez que a Justiça fechou a estrada foi em 1986. Porém, moradores da região reabriram ilegalmente o caminho em 1997. Em consequência disso, em 1999 o Parque Nacional do Iguaçu já havia entrado para a lista vermelha da Unesco, o que só mudou em 2001, depois que a estrada foi fechada novamente.
A organização deu um prazo até 2015 para que o governo brasileiro garanta que a estrada permanecerá fechada e pede ainda a interrupção imediata da obra da usina, até que seja realizado um estudo detalhado sobre os impactos ambientais no local. “Se o Brasil deixa que a sua mais importante catarata entre numa lista vermelha, é uma vergonha; é dizer que nós não temos capacidade de cuidar de um espaço tão pequeno, em país tão grande e que tem tantos recursos,” lamenta a diretora da Organização Não-Governamental (ONG) WWF Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.
Risco para o turismo
A ameaça de perda do título causa preocupação no setor turístico de Foz do Iguaçu. “Acreditamos que a possível perda possa se refletir no resultado da demanda turística,” teme Paulo Angeli, presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
Atualmente, o Parque Nacional do Iguaçu recebe mais de 1,5 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros por ano. A direção informou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o levantamento da Unesco. Até a publicação desta reportagem, o Governo Federal também não havia se manifestado sobre o assunto.
O projeto de reabertura da Estrada do Colono está em discussão no Senado, mas ainda não tem prazo para ser votado. Já a Usina do Baixo Iguaçu, que deve ficar pronta em 2016, vai gerar energia para atender 1 milhão de consumidores. De acordo com o consórcio responsável pela obra, o projeto respeita as leis ambientais.