Incêndio em reserva do AP recebe primeiras equipes de brigadistas

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Equipes foram enviadas para conter chamas em reserva do Lago Piratuba.
Fogo iniciou na terça-feira (4) e foi identificado via satélite.


Abinoan Santiago
Do G1 AP

O combate ao incêndio na reserva ambiental Lago Piratuba, no município de Amapá, a 302 quilômetros de Macapá, começa a receber as primeiras equipes de brigadistas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), estão na reserva desde sexta-feira (7) 28 brigadistas do Instituto Chico Mendes (ICMBio). Nesta terça-feira (11) mais 21 brigadistas do Sistema Nacional de Combate e Prevenção aos Incêndios Florestais (PrevFogo) partem de Macapá para a reserva.

Lago Piratuba também viveu incêndio em 2012 (Foto: Reprodução/RedeGlobo)Lago Piratuba também viveu incêndio em 2012 (Foto: Reprodução/RedeGlobo)

As equipes fazem parte de um total de 600 pessoas previstas para serem enviadas para conter o incêndio que atinge o Lago Piratuba, na região Leste do estado. As chamas foram identificadas via satélite na terça-feira (4). Ainda não há levantamento do tamanho da área consumida pelo fogo.

De acordo com o técnico do PrevFogo no Amapá Leozildo Benjamin, as equipes vão trabalhar inicialmente sem o auxílio da aeronave do Ibama por causa da utilização dela em outra missão em Itaituba, no Pará. A intenção é que o helicóptero chegue esta semana em Macapá.

“Como o incêndio ainda está no começo, estamos agilizando as nossas equipes para que se desloquem até a região para não aumentar o tamanho da área atingida”, comentou o técnico do PrevFogo.

Os brigadistas enviados ao Lago Piratuba têm a missão de fazer o fogo não se espalhar na região. A estratégia usada é cercar as chamas com aberturas de trincheiras no solo, fazendo com que o fogo fique restrito a determinada área. A necessidade de empenhar o efetivo deve-se às características do incêndio. O fogo é iniciado pelo subterrâneo através das turfas, materiais orgânicos inflamáveis existentes na terra.

Histórico

Esse não é o primeiro incêndio no Lago Piratuba, segundo o ICMBio. O último foi considerado de grande proporção e aconteceu em 2012, quando uma área de quase 26 mil hectares foi destruída pelo fogo. Foram necessários dois meses para controlar as chamas. A região fica ao Leste do Amapá e tem 392 mil hectares de extensão.

Para o ICMBio, o histórico de incêndio na região é resultado do grande acúmulo de turfas com o assoreamento de regiões alagadas em decorrência da criação bubalina. O assoreamento deixa exposto o material orgânico, considerado bastante inflamável.

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