Vinícola brasileira será a primeira da América Latina a ser movida a energia solar

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Poliana Corrêa | Web Rádio Água

Até o mês de maio, a Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito – RS, terá em funcionamento um parque solar com 600 painéis fotovoltaicos que servirão para suprir 100% da demanda energética do empreendimento, tornando-se a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar. 


Vista da Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito – RS
Vista da Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito – RS

O investimento de R$ 1,3 milhão tem previsão de retorno em oito anos. Além de economia de energia elétrica, o sistema registra a redução na emissão de CO2 e devolverá à rede de energia a produção excedente.

De acordo com Valter José Pötter, diretor e proprietário da vinícola, a produção solar não foi a primeira escolha durante a concepção do projeto, porém se tornou a mais viável economicamente.

“Antes de construir, eu fiz um convênio com o Centro Eólico da PUC para pesquisar o vento aqui no local, foi desenvolvida durante um ano e meio uma pesquisa, com a conclusão de vento médio. Em resumo, precisaria de um grande investimento em geradores eólicos que demorariam entre 15 e 20 anos para se pagar. Na sequência, partimos para o projeto de energia solar, instalei um modo piloto de 18 placas solares para pesquisa e testes durante dois anos e meio”

Ainda de acordo com o produtor, a expectativa é gerar uma economia de 200 mil reais anualmente em gastos com energia elétrica, além de gerar diversos benefícios socioambientais.

“Em primeiro lugar a questão ambiental é a mais importante, sem dúvida alguma. É um ganho-a-ganho: a empresa ganha, a sociedade ganha, pelo fato de não estarmos usando energia que não é renovável; o governo e as estatais também ganham pois estamos ajudando a produção energética do País sem a necessidade de investimentos por parte do governo federal. Eu não tenho dúvida que o primeiro passo para qualquer investimento é experimentar. Eu não me animaria a fazer nada de uma forma rápida, não instalaria 600 painéis porque acho, ou os dados indicam, ou por teorias, ou vendedores que vai suprir, não, nós testamos por dois anos e meio um piloto de 18 painéis e isso nos dá uma firmeza muito grande, uma solidez na hora de investir com convicção que vai dar certo o projeto e ele é viável”.

Esta não é a primeira ação de sustentabilidade da vinícola que conta ainda com captação de água da chuva, que é utilizada para Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio e irrigação dos jardins. Outra parte segue para estação de tratamento, construída dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, produzindo 500 litros de água potável por hora, que é utilizada para no complexo industrial e enoturístico. Já nos vinhedos existe um projeto-piloto com uma técnica sustentável e ecológica no controle de doenças fúngicas, com a utilização de micro-organismos que combatem naturalmente os fungos sem o uso de químicos.



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