Devido à ação humana e condições naturais, o delta do rio Indo, o quinto maior do mundo, perdeu o 92 por cento de sua extensão nos últimos dois séculos, alertou hoje um estudo divulgado nesta capital.
Prensa Latina
Islamabad - O delta passou de 12 mil 900 quilômetros quadrados em 1893 a pouco mais de mil quilômetros na atualidade, lamentou o pesquisador principal da pesquisa, Altaf Ali Siyal, professor da Universidade de Engenharia e Tecnologia de Mehran (MUET), em Paquistão.
Islamabad - O delta passou de 12 mil 900 quilômetros quadrados em 1893 a pouco mais de mil quilômetros na atualidade, lamentou o pesquisador principal da pesquisa, Altaf Ali Siyal, professor da Universidade de Engenharia e Tecnologia de Mehran (MUET), em Paquistão.
Rio Indo, Paquistão | Reprodução |
Agora só os afluentes Khobar e Khar desembocam suas águas na zona, quando faz 200 anos eram 17, sublinhou.
Durante décadas, as comunidades afetadas, ativistas meio ambientais e acadêmicos destacaram o problema, bem como suas consequências para a costa e lugareños, ainda que nunca se provou de forma científica.
Para corroborar esse critério, uma equipe de cinco experientes do Centro de Estudos Avançados em Água de Estados Unidos e da MUET realizaram a investigação durante 15 meses.
O delta alberga o sétimo bosque de manglar maior do planeta e na atualidade está ameaçado pela erosão, a salinidade do solo, a diminuição do volume do rio, a mudança climática e o labor humano.
Os corpos de água que contêm líquido marinho no delta se duplicaram desde os mil 600 quilômetros quadrados até os três mil quilômetros quadrados, destaca o estudo.
O texto revelou que o 88 por cento da água subterrânea da zona se voltou salobre.
Os níveis de turbidez, de acidez, bem como os de cloruro e arsênico na água subterrânea do delta são mais altos que os recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Realça que de 1960 a 1990 se registrou ali uma média de 100 milímetros de chuva durante o monzón em julho, mas nos 15 anos seguintes a cifra caiu um 40 por cento.