Fóssil de minicrocodilo de é encontrado em SP

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Agência EFE

Um grupo de paleontólogos brasileiros apresentou nesta terça-feira o fóssil de uma nova espécie de crocodilo, de 90 milhões de anos, que foi descoberto na região de Marília, no estado de São Paulo. Os restos muito bem preservados do Adamantinasuchus navae foram encontrados durante as obras de construção de uma represa, a 432 quilômetros da capital.

Segundo o paleontólogo William Nava, a descoberta é de suma importância pois revela aspectos da evolução dos crocodilomorfos e os fenômenos de extinção que ocorreram no Período Cretáceo no sudeste do Brasil. Com características anatômicas até então desconhecidas pela ciência, o novo fóssil possibilita ainda estudos científicos comparativos deste grupo no mundo e, principalmente, na América do Sul.

O estudo da nova espécie de crocodilo foi desenvolvido pelos professores Pedro Henrique Nobre e Ismar de Souza Carvalho, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e publicado na revista científica "Gondwana Research". Segundo os pesquisadores, entre as peculiaridades do animal estão o seu tamanho reduzido - não mais de 50 centímetros -, seus olhos grandes e os seus dentes "molarizados" - que lembram os dos mamíferos e sugerem uma dieta incluindo carne e plantas.

"Esta nova espécie de crocodilo era muito diferente dos crocodilos e distinto de los cocodrilos conhecidos até agora: era terrestre, onívoro, vivia em ambientes secos e vivia em grupos", explicou Ismar.

Segundo o estudo, o Adamantinasuchus navae vivia em áreas quentes, com secas prolongadas. "Acreditamos que a espécie desapareceu após a abertura do Oceano Atlântico, a separação dos continentes e a humidificação do clima na América do Sul".

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