Esta semana a Rússia surpreendeu ao dar o primeiro sinal verde para as negociações de carbono sob o Protocolo de Kyoto, mas precisa começar a aprovar projetos concretos para abrir as portas deste mercado bilionário.
A Rússia é a maior fornecedora de gás e petróleo para a União Européia, além de ser a terceira maior emissora mundial de gases do efeito estufa, atrás somente dos Estados Unidos e da China.
Como um importante player energético e climático, o país está muito bem colocado para lucrar com a venda de redução de emissões (ou créditos de carbono) para outros países industrializados, mas tem atrasado muito na implementação das regras necessárias.
O Primeiro Ministro Mikhail Fradkov assinou, na segunda-feira, um decreto definindo diretrizes. “Se houvessem 50 passos, estaríamos no 49,” disse Arthur Houston, diretor responsável pela Rússia na Camco (empresa londrina que desenvolve projetos).
“Agora precisamos do texto final do decreto... esperamos que ele seja publicado no site do Ministério de Desenvolvimento Econômico e Comércio no decorrer da próxima semana”, acrescenta.
“Isto é muito bom, é o que todos estão esperando há mais de um ano e meio”, diz Abud Karmali, consultor de mudanças climáticas da IFC Internacional.
Dentro do mercado de carbono do Protocolo de Kyoto, a Rússia pode ser uma fonte barata de créditos para países desenvolvidos que precisam cumprir metas de redução das emissões de dióxido de carbono. Um exemplo de projeto seria simplesmente fechar os vazamentos de metano presentes nos dutos que distribuem o gás natural.
O país poderia vender mais de 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente até 2012, estima Karmali. Segundo ele, o mercado pode valer até 5 bilhões de dólares, com base nos preços atuais. O Fundo de Carbono da Rússia, desenvolvedor de projetos, avalia o mercado em 350 milhões de toneladas, e ressalta a necessidade de mais detalhes e operações em prática.
A Rússia também precisa da aprovação da ONU para negociar carbono, o que deve acontecer no início do próximo ano, e já encomendou para empresa francesa Seringas o software de registro necessário para interligar as transações, informa Morten Prehn Sorensen, diretor de mudanças climáticas do Fundo de Carbono da Rússia.
“Mas o mercado precisa saber quando o registro estará pronto”, afirma Garth Edward da Shell. “A decisão do governo foi o primeiro passo, agora é preciso operacionalizar”, avalia. (Reuters/ CarbonoBrasil)
A Rússia é a maior fornecedora de gás e petróleo para a União Européia, além de ser a terceira maior emissora mundial de gases do efeito estufa, atrás somente dos Estados Unidos e da China.
Como um importante player energético e climático, o país está muito bem colocado para lucrar com a venda de redução de emissões (ou créditos de carbono) para outros países industrializados, mas tem atrasado muito na implementação das regras necessárias.
O Primeiro Ministro Mikhail Fradkov assinou, na segunda-feira, um decreto definindo diretrizes. “Se houvessem 50 passos, estaríamos no 49,” disse Arthur Houston, diretor responsável pela Rússia na Camco (empresa londrina que desenvolve projetos).
“Agora precisamos do texto final do decreto... esperamos que ele seja publicado no site do Ministério de Desenvolvimento Econômico e Comércio no decorrer da próxima semana”, acrescenta.
“Isto é muito bom, é o que todos estão esperando há mais de um ano e meio”, diz Abud Karmali, consultor de mudanças climáticas da IFC Internacional.
Dentro do mercado de carbono do Protocolo de Kyoto, a Rússia pode ser uma fonte barata de créditos para países desenvolvidos que precisam cumprir metas de redução das emissões de dióxido de carbono. Um exemplo de projeto seria simplesmente fechar os vazamentos de metano presentes nos dutos que distribuem o gás natural.
O país poderia vender mais de 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente até 2012, estima Karmali. Segundo ele, o mercado pode valer até 5 bilhões de dólares, com base nos preços atuais. O Fundo de Carbono da Rússia, desenvolvedor de projetos, avalia o mercado em 350 milhões de toneladas, e ressalta a necessidade de mais detalhes e operações em prática.
A Rússia também precisa da aprovação da ONU para negociar carbono, o que deve acontecer no início do próximo ano, e já encomendou para empresa francesa Seringas o software de registro necessário para interligar as transações, informa Morten Prehn Sorensen, diretor de mudanças climáticas do Fundo de Carbono da Rússia.
“Mas o mercado precisa saber quando o registro estará pronto”, afirma Garth Edward da Shell. “A decisão do governo foi o primeiro passo, agora é preciso operacionalizar”, avalia. (Reuters/ CarbonoBrasil)