Quatro milhões de filhotes de tartaruga são devolvidos ao rio Araguaia, em Goiás

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As ações do RAN - Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios, do Instituto Chico Mendes, já resultaram na devolução de quatro milhões de filhotes de tartaruga-da-amazônia somente em Goiás. Esse resultado é fruto da execução de um importante projeto do RAN: o Quelônios da Amazônia (PQA).

Em Goiás o projeto abrange o Médio Araguaia, que vai do Distrito de Luiz Alves até a foz do rio Cristalino, no Mato Grosso. Na área se encontra a Área de Proteção Ambiental (APA) Meandros do Rio Araguaia. Como o local tem grande fluxo de turismo, com níveis elevado de pressão antrópica, as atividades foram ampliadas, em 1994, para atuação no rio Crixás-açu, no município de Mundo Novo (GO).

Nestas duas áreas, monitoradas pelo RAN, o projeto contempla 11 sítios de postura de quelônios, com 160 km de praias nos dois municípios. Nesses 21 anos de atuação, a devolução desses quatro milhões de filhotes de tartaruga-da-amazônia contribuiu para o repovoamento e recuperação dos estoques naturais desta espécie.

Desde então, o RAN tem se consolidado como um dos mais importantes centros a implementar iniciativas ecológicas e de cunho social no país, propiciando não só a sobrevivência das várias espécies de tartarugas, como também preservando a cultura das populações locais envolvidas, oferecendo uma alternativa econômica para a região, através da criação para fins comerciais.

Na década de 70, os quelônios, em especial as espécies Podocnemis expansa (tartaruga-da-amazônia) e Podocnemis unifilis (tracajá), estavam indicados para compor a lista de animais em processo de extinção. Graças à intervenção do Governo Federal, com a criação do Projeto Quelônios da Amazônia, garantiu-se a proteção e manejo reprodutivo dos quelônios e a conseqüente redução de sua predação.

O Projeto Quelônios da Amazônia atua nas áreas de ocorrência natural das tartarugas no Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, coordenando 16 bases avançadas e mantendo sob proteção 115 áreas de reprodução distribuídas nos rios Amazonas, Tapajós, Trombetas, Purus, Xingu, Juruá, Branco, Araguaia, Javaés e Rio das Mortes, entre outros.

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