Dengue ataca células imunológicas, dizem cientistas de Taiwan

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Pesquisadores de Taiwan descobriram que o vírus da dengue "seqüestra" uma molécula das células imunológicas, o que desencadeia a doença, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 21, pela revista científica britânica Nature.

O Brasil passa por um surto da doença febril provocada pelo vírus, que atinge 50 milhões de pessoas a cada ano, e cujo desenvolvimento ainda é pouco conhecido.

Cientistas da Universidade Nacional Yang-Ming de Taiwan descobriram que a molécula CLEC5A, presente nas células imunológicas, é o alvo do vírus da dengue. A ação do vírus sobre esta substância causa uma "liberação em massa" de citoquinas, que são poderosos agentes inflamatórios aos quais os pesquisadores atribuem a inflamação causada pela febre hemorrágica.

A equipe chegou a esta conclusão após utilizar anticorpos para bloquear a interação entre o vírus e a molécula CLEC5A em ratos de laboratório contaminados pela doença. Isto evitou a inflamação sem prejudicar a resposta imunológica normal à infecção do vírus e permitiu que 50% dos ratos se curassem da doença.

A possibilidade de controlar a inflamação e manter a imunidade contra o vírus abre novos caminhos para o desenvolvimento de remédios que atuem contra doenças deste tipo.

Os sintomas da dengue são febre alta, dor intensa nos músculos e nas articulações e inflamação dos gânglios linfáticos. O meio de contágio da doença, que atualmente não tem cura nem vacina disponível, são os mosquitos "Aedes aegypti" e "aedes albopictus".

Sua variedade hemorrágica é endêmica no Sudeste Asiático e em áreas do Pacífico Sul, e se encontra particularmente disseminada pelas grandes cidades.

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