Estado confirma morte por febre amarela

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Cláudio Isaías

Depois da confirmação da morte de uma pessoa por febre amarela no Rio Grande do Sul, o governo do Estado vai redobrar as ações de combate à doença com a aquisição de 500 mil doses da vacina. O lote enviado pelo Ministério da Saúde chega hoje ao Estado.

A imunização deverá ocorrer em 100 municípios da região Noroeste, onde vivem mais de 500 mil pessoas. Uma parte das vacinas será destinada para reforçar os estoques dos postos de saúde de Porto Alegre e da Região Metropolitana.

Um levantamento anterior da Secretaria Estadual da Saúde mostrava que 87 municípios gaúchos tinham recebido a vacina contra a febre amarela. Ontem, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, anunciou que mais 13 cidades entraram para a lista, a maioria na região Noroeste. "A doença já matou mais 300 bugios e infelizmente uma pessoa morreu em decorrência da febre amarela", lamentou.

Um dos casos é o de uma mulher de 31 anos, natural de Santo Ângelo, que não se vacinou e esteve em uma área de mata no município de Eugênio de Castro onde há circulação do vírus. Outro caso provável, mas não confirmado, é o de um homem de Nova Santa Rita, que também não se vacinou e esteve no município de Pirapó, onde os bugios morreram. Um exame do Instituto Adolfo Lutz ainda vai confirmar se essa morte também foi por febre amarela.

Segundo Terra, quem vive na área urbana não precisa se preocupar, já que o mosquito transmissor não resiste a este tipo de ambiente. "É fundamental que os moradores da região Noroeste se vacinem. Não existe o risco de epidemia", destaca.

De acordo com o secretário, a população das regiões Noroeste, das Missões, da Grande Santa Rosa, do Planalto Médio e da Zona da Produção devem realizar a imunização. "Quem for viajar para estas localidades precisa fazer a vacina dez dias antes do embarque", acrescenta.

Quem não mora em áreas de risco ou não for visitar parentes ou amigos nestes locais não precisa se vacinar. "Quando for necessário, vamos avisar a população. Não existe o risco de epidemia no Estado", garante. A secretaria deverá pedir ainda nesta semana outras 500 mil doses da vacina. No ano passado, foram distribuídas 600 mil vacinas em dezembro nas regiões afetadas pela doença. Na próxima semana, uma equipe do Ministério da Saúde virá ao Rio Grande do Sul para auxiliar nas pesquisas, que poderão explicar o aparecimento de tantos casos de bugios mortos.

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