No mundo, mais de 740 óbitos

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Pelo menos 300 registros foram nos últimos 15 dias

Jamil Chade, GENEBRA – O Estado de São Paulo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma a morte de mais de 740 pessoas em razão da gripe suína - um aumento de 300 registros em 15 dias. A propagação do vírus A(H1N1) faz com que países europeus preparem grandes campanhas de vacinação. A esperança é de que a vacina chegue antes do próximo inverno. No total, os governos de países ricos encomendaram US$ 4,3 bilhões em vacina.

A OMS deixou de contar cada caso, pois mais de 1 milhão de pessoas teriam sido infectadas pela nova gripe. Os últimos dados da entidade revelam que seriam "mais de 100 mil", mas admitiu que a disseminação estava ocorrendo a um ritmo "sem precedentes". O último balanço, do dia 6, indicava 429 mortes.

Em estudo publicado na semana passada, a OMS alerta que os principais grupos de risco não são os mesmos da gripe sazonal e que, portanto, as prioridades em termos de vacinação não seriam as mesmas. Um dos destaques é o alto número de adultos até 50 anos e saudáveis. Esse grupo responderia por mais da metade das mortes. A gripe sazonal atinge crianças e, principalmente, idosos.

Obesos, pessoas com problemas respiratórios e grávidas são grupos de risco, e o Reino Unido chegou a sugerir que gestantes deixem de viajar. "Cada governo terá de optar como vai querer priorizar a vacinação", disse Marie-Paule Kieny, diretora de vacinas da OMS.

Na França, as autoridades já compraram 94 milhões de doses para seus 64 milhões de habitantes. No Reino Unido, são 60 milhões de doses para 61 milhões de habitantes. Na Alemanha, com 80 milhões de pessoas, 50 milhões de doses foram compradas.

"O vírus já não pode ser detido e todos os necessitarão de vacina. Virtualmente, os 6,8 bilhões de habitantes do planeta poderão ser infectados", disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl. A entidade insiste que, apesar da alta velocidade de disseminação, o vírus atua de forma suave na maioria dos casos e muitos sequer sabem que foram contaminados.

Enquanto isso, segundo o Financial Times, empresas que produzem antivirais e vacinas devem anunciar lucros em seus próximos balanços, mesmo diante da recessão econômica.

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