Em estado crítico

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Antonio Temóteo e Manoela Alcântara - Correio Braziliense
 
Imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o risco de fogo no DF está crítico. Somente nas áreas urbanas e no Lago Paranoá não existe a possibilidade de pequenos focos se alastrarem rapidamente. "Quando fazemos esses índices, consideramos a temperatura, a seca e o tempo sem chover. Brasília já está há 95 dias sem receber água. Um pequeno foco pode se alastrar rapidamente por uma grande área florestal", alertou o pesquisador do grupo de queimadas do Inpe, Fabiano Morelli.

 
Historicamente, este é o mês mais complicado na região. No ano passado, foram registrados 80 focos de incêndio em setembro. Apenas nos últimos três dias, 96 casos entraram na conta do Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, 250 militares especializados na prevenção e no combate a incêndios têm trabalhado em regime de escala para apagar as chamas espalhadas pelo DF. Além desse efetivo, outros 600 servidores são treinados para desempenhar a mesma atividade. Cada bombeiro atua por 24 horas seguidas no combate ao fogo e tem uma folga de 72 horas.

 
O major Mauro Sérgio de Oliveira, comandante do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, explica os cuidados necessários para que os oficiais se recuperem do trabalho exaustivo.

 
"Os bombeiros têm uma dieta especial durante as operações. Eles comem pouco para não passarem mal e depois do trabalho consomem alimentos e bebidas para repor as energias. Apesar do treinamento, são comuns alguns problemas respiratórios, distensões musculares e torções. Mas todos trabalham com muito empenho", explicou.

 
O major também detalhou que a dificuldade de acesso às áreas em chamas e a velocidade de propagação do fogo, aliados às altas temperaturas, à baixa umidade e aos ventos fortes são os principais obstáculos enfrentados pelos bombeiros. Também compõem a Força tarefa de combate aos focos de incêndio brigadistas, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e aviões como o Hércules, da Força Aérea Brasileira.

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