Construtoras calculam emissão de gás carbônico na obra de residenciais

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CRISTIANE CAPUCHINHO
EDITORA-ASSISTENTE DE IMÓVEIS - FOLHA DE SP

Com a preocupação de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, construtoras e incorporadoras começam a fazer o inventário de emissões de suas obras.

O relatório mapeia a quantidade de gás carbônico emitido em cada fase da construção, da fabricação de matérias primas à produção realizada no canteiro.

"As principais emissões são indiretas, acontecem na fabricação", afirma Roberto Marin, diretor técnico da consultoria ambiental ATA.

A incorporadora Stan acaba de concluir o primeiro inventário de construção de edifício residencial. A constatação é de que cimento e aço são responsáveis por mais de 80% das emissões acumuladas na obra no Jardim Guedala (zona oeste).

OPÇÃO
 
Feito o diagnóstico, o objetivo é que o relatório sirva como critério para a escolha de fornecedores e tecnologias de construção.

"É possível especificar um tipo de cimento que emite menos gás carbônico em sua produção ou usar aço reciclado", exemplifica Marin.

É isso que fez a construtora Even em um de seus residenciais em obra. O condomínio na Chácara Klabin (zona sul de SP) está sendo feito completamente com cimento CP-3, de menor emissão, explica Silvio Gava, diretor-executivo da construtora.

O esforço das empresas para reduzir a emissão de gases estufa também começa a ser divulgado. A Even já coloca em suas peças publicitárias o valor previsto de emissões de carbono para cada um de seus empreendimentos.

Contudo, a iniciativa não deve impactar os preços de mercado das unidades.

"O preço de venda tem que ser o mesmo do mercado, aí sim o cliente poderá ver a sustentabilidade como diferencial", afirma Stefan Neuding Neto, sócio-diretor da Stan.

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