Bom Dia Brasil
Todos os postos de combustíveis deveriam vender o novo diesel, chamado S 50, que tem dez vezes menos concentração de enxofre do que o diesel comum. Mas teste feito em São Paulo, pelo Bom Dia Brasil, mostra que o motorista tem dificuldade para encontrá-lo nos postos.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) deve fazer a fiscalização, por que não está nos postos, verificando, para proteger o consumidor? Essa luta para tornar o diesel menos poluente é antiga.
O diesel do Rio e de São Paulo é muito poluente - 500 partes de enxofre por milhão. No resto do país, os números são piores ainda: 2.000 partes por milhão. O S 50 tem 50 partes.
Há muito tempo o mundo vem lutando contra o enxofre no diesel e na gasolina. A Europa adotou o S 50 em 2005 e, a partir de 2009, passou a ser o S 10. Nos EUA, desde 2007, é o S 15, mas querem fazer um diesel sem enxofre.
A negociação no Brasil vem desde 2000. Em 2002, o Conama estabeleceu cinco anos para que Petrobras, montadoras, postos de gasolina e ANP se preparassem para esse diesel menos poluente.
Em 2007, não aconteceu nada. No ano seguinte, houve mobilização da sociedade civil em São Paulo. O MP entrou com ação contra a Petrobras e as montadoras, que diziam não ter condições de fazer modificações nos motores.
À época, o ministro Minc fez acordo para que em 2012, dez anos depois da resolução, essa norma entrasse em vigor.
Já estamos em 2012, o S 50 não está nos postos e está na hora de exigir o cumprimento dessa norma.
O enxofre emitido à atmosfera volta em forma de chuva ácida. Quando brigamos por sua redução e eliminação nos combustíveis, estamos defendendo nossa saúde, nossa agricultura e nossa infraestrutura.
