Aves em extinção são encontradas na Ilha da Sogra, em Estância, SE

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O Litoral de Sergipe abriga muitas aves limícolas em diversos ecossistemas com praias, manguezais, lagoas, margens de rios e em áreas alagadas dos litorais norte e sul do Estado. Com o objetivo de aprofundar conhecimentos sobre essas espécies, 13 pesquisadores, entre eles, biólogos e veterinários, da Bahia e do Museu de História Natural de Nova York, iniciaram, na Ilha da Sogra, em Estância, pesquisa de mapeamento e identificação das aves migratórias. Coordenados pelo ornitólogo, Pedro Lima, da Universidade Federal da Bahia, os trabalhos estão sendo realizados com o apoio da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

De acordo com o ornitólogo Zildomar Souza Magalhães, a pesquisa foi iniciada desde o ano de 1994, uma vez que essas aves migram do hemisfério norte dos Estados Unidos e da Europa vindo para o Brasil, fugindo assim do inverno rigoroso ocasionado nestas regiões.

“Somente agora demos o ponta pé inicial dessa pesquisa, já que essas aves passam um período se alimentando e depois voltam para suas colônias de origem para reprodução”, disse o pesquisador, enfatizando que essas aves chegam ao Brasil a partir do mês de outubro, permanecendo no litoral brasileiro até março.

O ornitólogo destacou que em apenas três dias de pesquisa na Ilha, já foram encontradas cerca de 450 espécies de Gaivotas, sendo que 15 aves estavam com anilhas (identificação) dos Estados Unidos da América (EUA). “Além disso, encontramos também a Sterna dougalli, espécie ameaçada em extinção. Outras espécies novas também foram encontradas como a Sterna hirundo; Sterna antillaun; Sterna antillaun; Sterna supercilaris e a Sterna eurignata”, comentou Zildomar.

Para a captura dessas espécies, o pesquisador explica que é utilizada a rede de neblina. “Essa rede obtém 12 metros de cumprimento por 03 de altura, em que todo o trabalho é feito pelo turno da noite, já que as gaivotas pescam durante o dia. Quando anoitece, elas procuram esses bancos de areia, pois, sabem que não haverá nenhum tipo de predador”, citou, afirmando também que assim que capturam as gaivotas, eles, as colocam em sacos de panos, levam até um ponto de apoio, identificam, colocam as anilhas (anéis), fazem toda a biometria e no final, as devolvem para a natureza.

Plano de Ação Nacional

Sobre a conservação dessas espécies, Zildomar comentou que no período de 03 a 07 de dezembro do ano passado na Paraíba, houve um Workshop Nacional para Conservação de Aves Limícolas e Migratórias. Esse workshop teve por principal objetivo, elaborar o Plano de Ação Nacional (PAN) para aves limícolas migratórias – que vivem em ambientes úmidos e que deles retiram sua alimentação, servindo de locais para reprodução no caso das espécies residentes, ganho de peso, descanso e troca de plumagem necessários à migração para outras áreas.

“Durante a realização desse workshop, Sergipe se propôs a estar mapeando e identificando essas aves. O coordenador da Área de Proteção Ambiental Litoral Sul de Sergipe (APA Sul), Paulo César Umbelino, nos procurou, e desde então começamos a fechar uma parceria com o Governo de Sergipe para dar início a essas pesquisas”, frisou Zildomar.

Ainda segundo ele, a pesquisa está aberta para todos os pesquisadores de Sergipe. “Vale frisar que a APA Sul está buscando parceiros para dar continuidade a esse trabalho. Iremos continuar dando toda assistência, todo o apoio para o pessoal de Sergipe, uma vez que nesse trabalho também serão inseridos toda a comunidade local” comentou, avaliando que a importância deste trabalho se dá pelo conhecimento da fauna existente no Estado, uma vez que as aves são importantes indicadores de sustentabilidade.

Biólogos e veterinários, dos Estados da Bahia e do Museu de História Natural de Nova York, iniciaram, na Ilha da Sogra, pesquisa de mapeamento e identificação das aves migratórias.

Uma vez que essas aves migram do hemisfério norte dos Estados Unidos e da Europa vindo para o Brasil, fugindo assim do inverno rigoroso ocasionado nestas regiões. “Somente agora, nesta terça-feira, 05 de fevereiro, demos o ponta pé inicial dessa pesquisa, já que essas aves passam um período se alimentando e depois voltam para suas colônias de origem para reprodução”, disse o pesquisador, enfatizando que essas aves chegam ao Brasil a partir do mês de outubro, permanecendo no litoral brasileiro até março.

Fonte: G1

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