Os projetos Fábrica Verde, Eco Buffet, EcoModa, e Comunidades Verdes foram encerrados pelo atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, sem nenhuma justificativa
Correio do Brasil
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Cerca de 30 pessoas, entre funcionários, alunos e simpatizantes de projetos da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), fizeram uma manifestação nesta terça-feira contra o encerramento das atividades dos programas implementados para os moradores das comunidades da Ladeira dos Tabajaras, na Zona Sul, e do Fogueteiro, na região central da capital Fluminense.
O protesto aconteceu na calçada em frente a sede da SEA, na zona portuária da cidade, e contou com cartazes, bateria de samba e um carro de som. De acordo com osmanifestantes, os projetos Fábrica Verde, Eco Buffet, EcoModa, e Comunidades Verdes foram encerrados pelo atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Portinho, sem nenhuma justificativa.
- Esse projeto, no núcleo do Fogueteiro, pegou, especificamente, as pessoas de mais idade. Elas foram profissionalizadas, tiveram um curso e assim que começaram a engrenar, a nova gestão resolveu encerrar o projeto sem dar nenhuma explicação: ‘não deixem mais ninguém vir porque vocês não recebem mais salário a partir de hoje’ – explicou a coordenadora do projeto Comunidades Verdes, Cintia Luna.
Segundo Cintia, o projeto na comunidade do Fogueteiro começou em outubro de 2012 e foi renovado em 2013, com término previsto para outubro de 2014. Porém, por meio de um telefonema da SEA, o programa foi encerrado no dia 10 abril. Esses projetos realizados nas duas comunidades envolviam mais de 100 pessoas. O Fábrica Verde, por exemplo, lidava com reciclagem de tecnologia para montagem de novos computadores e também oferecia qualificação e montagem e manutenção de equipamentos. O EcoBuffet oferecia curso em técnica de culinária com aproveitamento integral de alimentos, como biscoitos; o EcoModa, oferecia formação em corte e costura e desenho de moda com modelagem, além de utilizar retalhos e sobras de tecidos para a criação de bolsas, roupas e acessórios.
- Ele (o projeto) estava profissionalizando as pessoas de dentro da comunidade, resgatando lixões e transformando em jardins comunitários, que eram cuidados pelas pessoas. Hoje, sem esse projeto, a gente não tem como remunerar as pessoas para cuidarem desses jardins, que vão voltar a ser lixões. Foi muito antiético. Eles deveriam explicar o porquê do encerramento do projeto – concluiu.
Até o fechamento desta matéria, a Secretaria Estadual do Ambiente não atendeu à Agência Brasil para se posicionar sobre as denúncias feitas pelos moradores.