Risco de racionamento de energia elétrica é seis vezes menor que em 2001, diz ministério

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O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann afirmou que não há necessidade de medida adicional para garantir o fornecimento diante dos baixos níveis dos reservatórios


Correio do Brasil
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

O risco de racionamento de energia elétrica no Brasil é seis vezes menor do que em 2001, afirmou nesta terça-feira o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Representando o ministério no Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, que começou nesta terça no Rio, Zimmermann afirmou que não há necessidade de medida adicional para garantir o fornecimento diante dos baixos níveis dos reservatórios.

- O sistema na época estava desequilibrado. Hoje, ele é equilibrado e qualquer um pode observar (na comparação da série histórica) que os riscos chegavam a ser seis vezes maiores do que são agora – disse o ministro, ao acrescentar que amanhã, na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, serão divulgados mais detalhes sobre os riscos de déficit no sistema elétrico, após o fim do período chuvoso.

Zimmermann antecipou que o risco de déficit na série histórica em maio deste ano está em 3,7%, enquanto em 2001 a possibilidade chegou a 24,7%. Na série sintética, o risco está em 6,7%, enquanto em 2001 os dados indicavam 18,7%.

No Nordeste, onde o risco em maio de 2001 chegou a 44,4% na série histórica, o valor atual é zero. Na série sintética, a diferença é semelhante, de 44% para 1,9%.

Para 2015, Zimmermann afirma que também não há necessidade de medidas diferentes: “pelos dados de maio, também não está caracterizada nenhuma situação além do alerta atual”.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, fez uma avaliação parecida com a de Zimmermann, ao mencionar que o aumento da capacidade instalada e a diversificação da matriz energética contribuem para o menor risco, apesar da situação climática semelhante.

- Temos uma situação estrutural totalmente distinta de 2001 – disse o presidente, que destacou ainda a capacidade das linhas de transmissão, que dobrou: “Em 2001, sobrou energia no Sul, mas não havia capacidade de transmiti-la para o Sudeste. Aumentou-se enormemente a capacidade de intercâmbio entre as regiões.”


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