Estádio Mineirão recebe selo máximo internacional de sustentabilidade

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Palco de jogos dos Grupos C, D, F e H da fase inicial da Copa do Mundo, cenário do épico confronto entre Brasil e Chile pelas oitavas de final e à espera da semifinal do dia 8 de julho, o Estádio Mineirão acaba de receber o reconhecimento internacional à sua bem-sucedida preocupação com a sustentabilidade.


Lincoln Martins | Voz da Rússia

Inteiramente reformada para este Mundial, a grande arena de Belo Horizonte se tornou o primeiro estádio do Brasil a receber o Selo Platinum do United States Green Building Council, categoria máxima na certificação Leadership in Energy and Environmental Design. O Mineirão cumpriu oito pré-requisitos e ainda apresentou inovações sustentáveis que não eram exigidas pela instituição americana para conquistar a graduação. O estádio mineiro levou a nota máxima, representada pelo Selo Platinum.

O Green Building Council é responsável pela certificação utilizada em 143 países para incentivar a transformação dos projetos, obras e operações das edificações, sempre com foco na sustentabilidade.
Copa 2014, Brasil, internacional, futebol, Chile, ecologia

A preocupação com o meio ambiente começou antes da efetivação da reforma do antigo Mineirão, que tiveram início em janeiro de 2010. Segundo dados do responsável pelas obras do novo estádio, o Consórcio Minas Arena, em matéria publicada no Portal da Copa, do Ministério do Esporte, mais de 90% dos resíduos gerados foram reutilizados ou reciclados; as mais de 50 mil cadeiras do velho estádio foram doadas para ginásios e campos de futebol do interior do Estado, e toda a sucata metálica destinada a usinas recicladoras. Além disso, foram implantados equipamentos lava-rodas para limpeza dos caminhões na saída da obra, a fim de evitar sujeira no entorno do estádio – e com um sistema ecoeficiente, de reaproveitamento da água por meio de caixas de decantação e bombas, com economia média de 18 mil litros de água por dia.

Desde o período de reforma, foi implantado o sistema de coleta seletiva de lixo, utilizada até hoje no cotidiano do estádio e em dias de jogos. Outra iniciativa em prol do meio ambiente foi a construção de reservatórios com capacidade de armazenamento de cinco milhões de litros de água das chuvas. Essa água captada é reutilizada para vários fins, inclusive a irrigação do campo por até três meses de estiagem. O processo gera uma redução de até 70% no consumo de água do estádio.

As madeiras retiradas do entorno foram reaproveitadas por artesãos mineiros na produção de arte popular. Como a fachada do estádio foi preservada, deixou-se de produzir bastante entulho. Se o Mineirão fosse demolido, a estimativa é de que fossem descartados 32.500 metros cúbicos de concreto, referentes a pórticos, paredes, cobertura antiga e arquibancadas em geral, além de 3.610 toneladas de aço.

Na questão do consumo energético, uma usina fotovoltaica foi instalada na cobertura do estádio, capaz de captar energia solar e transformá-la em eletricidade. As placas têm potência de 1,6 megawatt, suficiente para 1.200 residências de médio porte.

O United States Green Building Council havia anunciado anteriormente que outros estádios da Copa do Mundo obtiveram a certificação Leadership in Energy and Environmental Design – LEED na categoria Prata: o Maracanã, no Rio de Janeiro, a Arena Pernambuco, em Recife, a Fonte Nova, em Salvador, e a Arena Amazônia, em Manaus. O Castelão, de Fortaleza, recebeu também um certificado LEED.


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