Derretimento da cobertura de gelo provocada por aquecimento global provocaria mortes até 2100
O Globo
RIO - As mudanças climáticas podem matar até 80% dos 600 mil pinguins imperadores até 2100, segundo um estudo publicado esta semana na revista “Nature Climate Change”. A maior ameaça às aves vem de alterações na cobertura do gelo no Oceano Antártico, o que afetará a criação dos filhotes e a alimentação da espécie.
O ritmo do declínio populacional vai variar de acordo com as colônias, mas todas serão afetadas até o fim do século.
No estudo, pesquisadores americanos, britânicos e holandeses pedem que os governos listem as espécies ameaçadas de extinção. Essa relação seria usada para impor restrições ao turismo e à pesca.
Segundo Stephanie Jenouvrier, líder do estudo e pesquisadora do Instituto Oceanográfico Woods Hole, nos Estados Unidos, parte significativa das espécies enfrenta um cenário de “possível extinção (...) em um futuro previsível”. As colônias de pinguins imperadores do Mar de Ross, na Antártica, podem sofrer declínio populacional mais tarde do que as outras, porque as condições de gelo da região ainda são adequadas à sua sobrevivência.
— Implementar uma área de proteção no Mar de Ross pode nos dar tempo para evitar a extinção da espécie e pôr em prática estratégias de mitigação dos gases-estufa — recomenda Stephanie.
Para alimentar seus filhotes, os pinguins imperiais deixam sua colônia por meses e viajam por longas distâncias no gelo da Antártica até atingir o mar aberto e encontrar alimentos, como os krills, uma espécie de crustáceo. Além disso, a cobertura do gelo no mar deve ser suficiente para que eles consigam fugir de predadores.
Para o biólogo Phil Trathan, do Serviço Antártico Britânico (BAS, na sigla em inglês), ainda é incerto se os pinguins poderão se adaptar a terrenos mais altos das geleiras, onde poderiam criar seus filhotes e fugir de presas.
O ritmo do declínio populacional vai variar de acordo com as colônias, mas todas serão afetadas até o fim do século.
No estudo, pesquisadores americanos, britânicos e holandeses pedem que os governos listem as espécies ameaçadas de extinção. Essa relação seria usada para impor restrições ao turismo e à pesca.
Segundo Stephanie Jenouvrier, líder do estudo e pesquisadora do Instituto Oceanográfico Woods Hole, nos Estados Unidos, parte significativa das espécies enfrenta um cenário de “possível extinção (...) em um futuro previsível”. As colônias de pinguins imperadores do Mar de Ross, na Antártica, podem sofrer declínio populacional mais tarde do que as outras, porque as condições de gelo da região ainda são adequadas à sua sobrevivência.
— Implementar uma área de proteção no Mar de Ross pode nos dar tempo para evitar a extinção da espécie e pôr em prática estratégias de mitigação dos gases-estufa — recomenda Stephanie.
Para alimentar seus filhotes, os pinguins imperiais deixam sua colônia por meses e viajam por longas distâncias no gelo da Antártica até atingir o mar aberto e encontrar alimentos, como os krills, uma espécie de crustáceo. Além disso, a cobertura do gelo no mar deve ser suficiente para que eles consigam fugir de predadores.
Para o biólogo Phil Trathan, do Serviço Antártico Britânico (BAS, na sigla em inglês), ainda é incerto se os pinguins poderão se adaptar a terrenos mais altos das geleiras, onde poderiam criar seus filhotes e fugir de presas.