‘Lagoa Azul’ tem coliformes fecais e produtos químicos, diz Semma

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Resultado de exame microbiológico foi divulgado nesta segunda (28).
Proprietário deve isolar área e sinalizar proibição do acesso de pessoas.


Do G1 Santarém
A “Lagoa Azul”, descoberta nos últimos dias no bairro Amparo, em Santarém, oeste do Pará, está contaminada com coliformes fecais e produtos químicos, segundo pesquisa feita pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e divulgada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) nesta segunda-feira (28).

Lagoa fica localizada no bairro Amparo (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)Lagoa fica localizada no bairro Amparo (Foto: Reprodução/ TV Tapajós)

A pesquisa microbiológica foi feita a partir da coleta da água na semana passada. O exame comprova que o local é impróprio para o uso.

De acordo com o secretário de meio ambiente, Podalyro Neto, foram encontrados cromo, cobre e níquel acima do permitido. “São elementos que são carreados pelo processo de lixiviação. É impróprio para banho e consumo imediato, nem para matar sede nem para usar em alimentos. Não é recomendável o contato com a água. Pode causar problemas ligados à pele e até estomacais e intestinais com o uso contínuo", informou.

O próximo procedimento é a notificação do proprietário da área para que o material seja isolado e sinalizado, informando a proibição do acesso.

A lagoa se formou por meio de escavações para a retirada de areia do local. A agua é oriunda da chuva. Contudo, não foi possível identificar o que provoca a coloração azulada.

A secretaria ainda vai investigar se o proprietário tem licença para a extração de minérios no terreno. Caso seja concluído que a área não teve licença ambiental ou que foi pedido e não liberado pelo órgão ambiental e, mesmo assim, o proprietário resolveu explorar sem a licença de operação, serão abertos procedimentos administrativos. “Que incluem multa, embargo e encaminhamento ao Ministério Público Estadual, que decide se avança com instauração de procedimento criminal”, ressalta o secretário.

Entenda

O lugar foi descoberto no início do mês de julho e passou a receber muitos visitantes depois de divulgações de fotos na internet. A tonalidade azul esverdeada da água atraiu muitos curiosos que passaram a utilizar o espaço para lazer e alternativa para se refrescar em dias de calor. Foi então que começaram a surgir questionamentos sobre a proveniência da água, e se o lugar era adequado para banho. Nas redes sociais, muitas pessoas compartilharam informações de que a água estava contaminada e poderia até dar câncer de pele.

Diante dos comentários, a Semma e a Ufopa recomendaram que a população não utilizasse o local para banho até que o resultado da análise fosse divulgado.

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