País já registrou 129 mortes em epidemia de doença mortal.
No continente, já são ao menos 670 mortos.
France Presse
A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país afetado pela epidemia de ebola, depois que o letal vírus tropical se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África.
A Libéria, juntamente com as vizinhas Guiné e Serra Leoa, luta para conter uma epidemia que já infectou 1.200 pessoas e deixou pelo menos 670 mortos na região desde o início do ano.
Na semana passada, autoridades de Freetown, capital de Serra Leoa, e de Lagos, na Nigéria, anunciaram seus primeiros casos, marcando uma alarmante nova frente na luta contra uma doença confinada, sobretudo, a vilarejos remotos e postos fronteiriços rurais.
"Todas as fronteiras da Libéria serão fechadas com exceção dos grandes pontos de entrada", anunciou Sirleaf em um comunicado publicado na noite de domingo (27).
O aeroporto internacional de Monróvia, um aeroporto regional e três grandes postos de travessia escaparam das interdições. "Nestes pontos de entrada, centros de prevenção e de testagem serão montados", afirmou.
A Libéria já contabilizou 129 mortes provocadas pelo ebola, que causa febre alta e dores musculares, vômito, diarreia e, no pior dos casos, falência de órgãos e hemorragia incontrolável.
"Uma nova política de viagens, adotada pela Autoridade Aeroportuária da Libéria, cobrindo a inspeção e a testagem de todos os passageiros que chegam e saem do país, será estritamente observada", explicou Sirleaf no comunicado.
O governo também proibiu reuniões públicas de todo tipo, inclusive eventos e manifestações, e anunciou quarentenas em comunidades atingidas pelo ebola.
Acredita-se que o vírus, detectado pela primeira vez em 1976, tenha sido introduzido por animais caçados por sua carne, especialmente morcegos. Ele se dissemina entre os seres humanos através dos fluidos corporais e matou 56% das pessoas infectadas na epidemia atual.
Uma aprendiz de cabeleireira de 32 anos, o primeiro caso confirmado de Ebola em Freetown, morreu no sábado, depois que os pais dela a levaram contra a vontade ao hospital, informou o Ministério da Saúde.
A casa de Saudatu Koroma, no leste de Freetown, foi posta em quarentena com outros moradores por 21 dias, mas os serra-leoneses de toda a cidade mencionaram o temor de que o vírus já possa ter se espalhado.
"As pessoas agora tomam extremo cuidado ao participar de festas e de outras atividades sociais, embora os funerais ainda sejam amplamente frequentados", disse à AFP o assistente social Ronald Cole.
Nas ruas, as pessoas deixaram de se cumprimentar com apertos de mão, relatou um correspondente da AFP em Freetown, e agora preferem saudar uns aos outros com os cotovelos.
"Nós deveríamos nos inclinar como fazem os chineses", disse o ativista de direitos civis Ronnie Charles.
Grupos sociais cancelaram eventos públicos para celebrar o fim do mês sagrado do Ramadã, enquanto os restaurantes passaram a adotar baldes com água sanitária para que os fregueses lavem as mãos antes de se sentar.
Os mortos também estão sendo manuseados com cuidado.
"Estamos temerosos com o ebola. Distribuímos montes de luvas aos nossos funcionários como proteção para manipular os cadáveres", afirmou o proprietário de uma funerária do centro da cidade.
Mensagens regulares dos serviços de saúde são transmitidas por rádio e TV, instruindo as pessoas a se protegerem da infecção.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Serra Leoa, que contabilizou 244 mortos por ebola, anunciou ter montado um 'centro de operações de emergência' na capital, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Voos cancelados
A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país afetado pela epidemia de ebola, depois que o letal vírus tropical se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África.
A Libéria, juntamente com as vizinhas Guiné e Serra Leoa, luta para conter uma epidemia que já infectou 1.200 pessoas e deixou pelo menos 670 mortos na região desde o início do ano.
Na semana passada, autoridades de Freetown, capital de Serra Leoa, e de Lagos, na Nigéria, anunciaram seus primeiros casos, marcando uma alarmante nova frente na luta contra uma doença confinada, sobretudo, a vilarejos remotos e postos fronteiriços rurais.
"Todas as fronteiras da Libéria serão fechadas com exceção dos grandes pontos de entrada", anunciou Sirleaf em um comunicado publicado na noite de domingo (27).
O aeroporto internacional de Monróvia, um aeroporto regional e três grandes postos de travessia escaparam das interdições. "Nestes pontos de entrada, centros de prevenção e de testagem serão montados", afirmou.
A Libéria já contabilizou 129 mortes provocadas pelo ebola, que causa febre alta e dores musculares, vômito, diarreia e, no pior dos casos, falência de órgãos e hemorragia incontrolável.
"Uma nova política de viagens, adotada pela Autoridade Aeroportuária da Libéria, cobrindo a inspeção e a testagem de todos os passageiros que chegam e saem do país, será estritamente observada", explicou Sirleaf no comunicado.
O governo também proibiu reuniões públicas de todo tipo, inclusive eventos e manifestações, e anunciou quarentenas em comunidades atingidas pelo ebola.
Acredita-se que o vírus, detectado pela primeira vez em 1976, tenha sido introduzido por animais caçados por sua carne, especialmente morcegos. Ele se dissemina entre os seres humanos através dos fluidos corporais e matou 56% das pessoas infectadas na epidemia atual.
Uma aprendiz de cabeleireira de 32 anos, o primeiro caso confirmado de Ebola em Freetown, morreu no sábado, depois que os pais dela a levaram contra a vontade ao hospital, informou o Ministério da Saúde.
A casa de Saudatu Koroma, no leste de Freetown, foi posta em quarentena com outros moradores por 21 dias, mas os serra-leoneses de toda a cidade mencionaram o temor de que o vírus já possa ter se espalhado.
"As pessoas agora tomam extremo cuidado ao participar de festas e de outras atividades sociais, embora os funerais ainda sejam amplamente frequentados", disse à AFP o assistente social Ronald Cole.
Nas ruas, as pessoas deixaram de se cumprimentar com apertos de mão, relatou um correspondente da AFP em Freetown, e agora preferem saudar uns aos outros com os cotovelos.
"Nós deveríamos nos inclinar como fazem os chineses", disse o ativista de direitos civis Ronnie Charles.
Grupos sociais cancelaram eventos públicos para celebrar o fim do mês sagrado do Ramadã, enquanto os restaurantes passaram a adotar baldes com água sanitária para que os fregueses lavem as mãos antes de se sentar.
Os mortos também estão sendo manuseados com cuidado.
"Estamos temerosos com o ebola. Distribuímos montes de luvas aos nossos funcionários como proteção para manipular os cadáveres", afirmou o proprietário de uma funerária do centro da cidade.
Mensagens regulares dos serviços de saúde são transmitidas por rádio e TV, instruindo as pessoas a se protegerem da infecção.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Serra Leoa, que contabilizou 244 mortos por ebola, anunciou ter montado um 'centro de operações de emergência' na capital, coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Voos cancelados
O primeiro caso de Ebola em Freetown foi registrado depois que se confirmou que o vírus tinha chegado a Lagos - capital financeira da Nigéria, um centro de transporte regional e internacional e base de muitas multinacionais com escritórios nesta que é a maior economia da África.
Um liberiano de 40 anos morreu em uma clínica particular em decorrência da doença, após desmaiar no aeroporto internacional de Lagos, reportou na sexta-feira o Ministério da Saúde nigeriano.
Com uma taxa de mortalidade histórica de 67% antes do surto atual e sem vacinas, os pacientes suspeitos de infecção pelo vírus Ebola precisam ser isolados para evitar contágios futuros, segundo a OMS.
A agência sanitária da ONU solicitou às pessoas com os primeiros sintomas do vírus que procurem os centros de saúde imediatamente.
"Precisamos parar a mensagem de que não existe tratamento. Quanto antes os pacientes procurarem tratamento em centros de saúde seguros, mais propensos serão a se recuperar e evitar a contaminação de familiares", disse o porta-voz da organização, Tarik Jasarevic.
"A estratégia da OMS é atacar a epidemia e sua fonte, procurar pessoas doentes nos vilarejos e cuidar delas em unidades de isolamento", acrescentou.
Jasarevic disse que o "enterro seguro" dos corpos é uma parte importante da resposta à epidemia, acrescentando que familiares estavam tocando os corpos durante as cerimônias fúnebres e se infectando dessa forma.