Nível registrou queda de 0,1 % e passou de 9,6% para 9,5%.
Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê também caíram.
Do G1 São Paulo
O nível do reservatório do Sistema Cantareira registrou nova queda neste domingo (23), de acordo com a medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Apesar da chuva de 7,7 milímetros, a queda foi de 0,1% e passou de 9,6% para 9,5%. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.
Represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)
No Guarapiranga, também houve queda do nível, de 32,6% para 32,3%. Já no sistema Alto Tietê, o nível recuou de 6,2% para 6,1%, mesmo com a chuva de 2,2 mm.
No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. Mas até agora, choveu pouco mais da metade: 91,8 milímetros.
Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação. Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Outros Sistemas
Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo também registraram chuvas entre sábado (22) e domingo (23), mas apenas dois tiveram queda em seus níveis. No Alto Cotia, o volume acumulado permaneceu em 28%. No Rio Grande, o nível baixou de 64% para 63,8% e, no Rio Claro, de 32,6% para 31,9%.
Reajuste em dezembro
Na sexta-feira (14), executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.
A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".
No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa. O diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.
O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.