Regime de chuvas mantém nível de reservatórios em baixa

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Correio do Brasil
Por Redação - de São Paulo

Sem o volume de chuvas previsto, o nível de todas as represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo caiu neste domingo, informou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo a companhia, o nível do Sistema Cantareira, que atende a 6,5 milhões de pessoas, registrava no sábado 8,1% e hoje passou a 8%.


O rio Atibaia, um dos afluentes dos reservatórios do Sistema Cantareira, apresenta níveis reduzidos de água
O rio Atibaia, um dos afluentes dos reservatórios do Sistema Cantareira, apresenta níveis reduzidos de água

O Alto Tietê, segundo maior sistema de São Paulo, também apresentou queda, passando de 5% para 4,8%. O Guarapiranga, que atende a 4,9 milhões de pessoas, está operando com 32% de sua capacidade. Os sistemas Alto Cotia e Rio Claro operavam com 29,7% e 29,4% de suas capacidades, respectivamente. O Sistema Rio Grande opera com 62,5% da capacidade.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), não há previsão de chuvas para a capital paulista neste domingo. Para segunda-feira, entre o final da tarde e início da noite, espera-se a chegada de uma brisa marítima aumentará a nebulosidade e pode favorecer a ocorrência de chuva na forma de pancadas isoladas.

Reservatório

O Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, tem reservatórios equivalentes a dois Sistemas Cantareira, cheios de água límpida e, até agora, intocados.

O conjunto de oito represas, seis delas no rio Juquiá, fornece energia elétrica à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do Grupo Votorantim. Juntos, os lagos somam 8,9 quilômetros de lâmina d’água, quatro vezes a extensão das represas do Cantareira. Os mananciais suportam uma captação de 60 mil litros por segundo.

A região, com a maior extensão de mata atlântica preservada do Estado, foi a menos afetada pela estiagem que atingiu São Paulo neste ano. O uso dessas águas para suprir a demanda da região metropolitana está no Plano de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, do governo estadual, que prevê alternativas para o abastecimento urbano até 2035.

A concessão de uso das barragens feita pelo governo federal à CBA vence em 2016. De acordo com o secretário executivo do Comitê de Bacia Hidrográfica Ribeira de Iguape e Litoral Sul, Ney Ikeda, a renovação terá de ser negociada tendo como foco o uso múltiplo das águas.

– Como prevê a legislação, a prioridade deverá ser o abastecimento público – disse.

São Lourenço

A primeira obra de transposição da água do Vale do Ribeira para a Grande São Paulo deve ficar pronta em 2017. O Sistema Produtor São Lourenço, resultado de uma parceria público-privada entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o Consórcio São Lourenço, prevê a captação de 4,7 mil litros por segundo na Represa Cachoeira do França, no rio Juquiá, no limite entre Ibiúna e Juquitiba. A água será transportada por 83 km de adutoras até uma estação de tratamento em Vargem Grande Paulista, na região metropolitana, para ser distribuída.

O estudo, concluído em 2013, antes da estiagem que afetou o Estado, estima que a demanda de água na Grande São Paulo em 2035 chegará a 283 mil litros por segundo – 60 mil litros a mais do que a disponibilidade atual em períodos normais. Segundo o plano, o Vale do Ribeira é a área mais próxima com água disponível.



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