Hospital suspende atendimento após cheia alagar ruas de Anamã, no AM

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Unidade flutuante substitui hospital; quadro impede exames de raio-X e mama.
Em todo o estado, 20 municípios já decretaram situação de emergência.


Do G1 AM

Em razão da cheia do Rio Solimões, os atendimentos no Hospital Francisco Salles de Moura, localizado na cidade de Anamã, a 168 Km de Manaus, foram suspensos. Os atendimentos estão sendo realizados em uma unidade flutuante instalada na cidade. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Susam), a rua que dá acesso à unidade de saúde está alagada. Anamã é uma das localidades do Amazonas atingidas pelos alagamentos. Em todo o estado, 20 municípios já decretaram situação de emergência por conta das inundações.

Rua que dá acesso à unidade de saúde está inundada  (Foto: Susam/Divulgação)Rua que dá acesso à unidade de saúde está inundada (Foto: Susam/Divulgação)

Segundo a Susam, a estrutura da unidade flutuante, composta por dois pavimentos, permite fazer atendimentos de urgência, realizar partos normais, consultas médicas, além de exames laboratoriais, eletrocardiogramas, entre outros procedimentos. No local é possível instalar 12 leitos.

No entanto, a secretaria comunicou que serviços de mamografia e de raios-X ficaram suspensos, até que o atendimento volte a acontecer nas instalações originais do hospital. A realização dos exames, segundo a Secretaria, requer a utilização de equipamentos mais sofisticados e que, por medida de segurança, exigem salas especialmente blindadas.

A Susam informou ainda que os procedimentos de cirurgias eletivas e de partos cirúrgicos serão realizados com o apoio das unidades hospitalares de Anori e Beruri, cidades vizinhas que ficam cerca de 50 minutos (de lancha) da sede de Anamã. Casos mais complexos terão como referência o hospital de Manacapuru. Uma ambulancha no município dará o suporte em caso de necessidade remoção de pacientes.

A direção da unidade hospital estima que a unidade flutuante será mantida na cidade por, pelo menos, três meses. Ainda segundo a direção, após a descida das águas, o hospital deverá passar por reforma para o restabelecimento dos serviços da unidade.

Cheia no estado

Até o momento, 20 cidades estão em situação de emergência. Na calha do Rio Juruá os municípios em emergência são: Itamarati, Guajará, Ipixuna, Envira e Juruá, na calha do Rio Purus estão: Canutama, Tapauá, Carauari, Pauini e Lábrea. Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, Amaturá, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença e Tonantins, situados no Alto Solimões, também estão em situação de emergência por causa do avanço das águas.

O município de Boca do Acre é o mais afetado pela cheia, com 20.905 pessoas de 4.181 famílias atingidas. A cidade, que fica no Sul do estado e banhado pelo Rio Purus, está em estado de calamidade pública.

Humaitá, no Rio Madeira, e outros três municípios do Médio Solimões - Fonte Boa, Uarini, Alvarães - estão situação de alerta.

Ajuda humanitária

A Defesa Civil informou que enviou 374 toneladas de alimentos não perecíveis às cidades afetadas pela cheia no Amazonas. O objetivo é garantir alimentos aos ribeirinhos, que nesta época ficam com a produção agrícola comprometida. Além de alimentos, a população recebe kit´s dormitório (colchões, redes, mosquiteiros) e de higiene pessoal, medicamentos, filtros de água, hipoclorito de sódio.

Mapa da cheia, 08/05 (Foto: G1 AM')



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