Organizações comunitárias da Caatinga e Cerrado debatem produção ecológica em Brasília

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Até amanhã (10), 85 organizações com projetos ecológicos na Caatinga e no Cerrado estarão reunidas em Brasília para discutir práticas de conservação ambiental que geram crescimento e renda. Com a participação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encontro é palco de apresentações sobre iniciativas comunitárias de agricultores familiares e extrativistas.


ONU

Durante a cerimônia de abertura, na terça-feira (8), foram apresentados os resultados do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), iniciativa do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), responsável pelo evento. A estratégia apoia 566 empreendimentos de organizações não governamentais e de base comunitária, que promovem o uso sustentável da biodiversidade. Desde 1994, o PNUD é parceiro do programa e oferece apoio técnico para os projetos.


A caatinga, uma vegetação rala e frágil, ocupa 10% do território brasileiro. Foto: EBC
A caatinga, uma vegetação rala e frágil, ocupa 10% do território brasileiro. Foto: EBC

“A continuidade do PPP-ECOS é fundamental para as comunidades, pois com ele iniciamos vários projetos, como nossas agroflorestas. Precisamos continuar nos organizando com nossos plantios, articulando as vendas, enfim, prosseguir com a melhoria da nossa qualidade de vida”, defendeu Ginercina Silva, da Associação de Mulheres Empreendedoras Rurais e Artesanais de Barro Alto e Santa Rita do Novo Destino (AMERA).

O diretor do Departamento de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Oliveira Pires, ressaltou a importância de projetos que atuam em biomas além da Amazônia, como a Caatinga e o Cerrado, além de enfatizar o papel da agricultura familiar e das comunidades indígenas e quilombolas na preservação desses ecossistemas.

Para a representante da Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (APIB), Valéria Paye Pereira, iniciativas como o encontro possibilitam diálogos sobre os modos de produção de grupos tradicionais e suas práticas de preservação do meio ambiente. A ativista também ressaltou a luta dos povos indígenas para o reconhecimento de seus direitos ao território.

Rose Diegues, do PNUD, lembrou que o evento celebra mais de duas décadas de atividades do PPP-ECOS no Brasil. Na sua avaliação, o encontro reafirma que a iniciativa é uma vitrine dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). As metas, segundo Diegues, exigem ações articuladas para a gestão dos territórios, a biodiversidade e a melhoria da condição de vida das comunidades.

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