ONU e Suécia se unem para combater lixo plástico no Sudeste Asiático

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O governo da Suécia e a ONU Meio Ambiente anunciaram nesta semana (10), em Bangkok, uma parceria com países do Sudeste Asiático para combater a poluição da natureza por lixo plástico. Na maioria das nações da região, mais de 75% dos resíduos feitos do material não recebem o manejo e descarte adequados. Seis países asiáticos respondem por quase 60% de todo o plástico descartado nos oceanos.


ONU

Em cooperação com a Junta de Coordenação dos Mares do Leste da Ásia (COBSEA), autoridades suecas e especialistas das Nações Unidas querem aumentar a coleta e a reciclagem, sobretudo de plásticos de alto valor, como os PETs. Outra meta é diminuir o consumo dos itens de plástico que são mais danosos para o meio ambiente e mais difíceis de serem reaproveitados.

Lixo plástico ao longo da costa de Cingapura. Foto: Flickr (CC)/vaidehi shah
Lixo plástico ao longo da costa de Cingapura. Foto: Flickr (CC)/vaidehi shah

Com duração de quatro anos e orçamento de 6 milhões de dólares, o projeto mobilizará instituições de pesquisa, empresas, o poder público e a sociedade civil.

“A poluição plástica é um problema global. No entanto, 60% de todo o plástico que vai parar nos nossos oceanos vem de apenas seis países na Ásia. Enfrentando o problema aqui, podemos dar passos largos rumo a um planeta livre da poluição plástica”, afirmou a diretora regional da ONU Meio Ambiente para a Ásia e o Pacífico, Dechen Tsering.

Com financiamento da Agência Internacional de Desenvolvimento da Suécia (SIDA), o programa da ONU Meio Ambiente promoverá a produção de dados sobre o despejo de plástico nos níveis local, nacional e regional. Com isso, o organismo das Nações Unidas espera fortalecer a base científica para a formulação de políticas e tomada de decisões. O objetivo é informar atores envolvidos na cadeia do plástico, incentivando a implementação de planos para reduzir o descarte de lixo no mar.

A ONU Meio Ambiente lembra que, no Sudeste Asiático, embalagens de plástico são baratas e facilmente encontradas pela população. Em países como a Tailândia, os hábitos alimentares, incluindo a compra de comida “para viagem” em barraquinhas de rua, também contribuem para o uso disseminado de plásticos descartáveis. Outro desafio são as capacidades limitadas de manejo do lixo, um problema regional.

“Para acabar com a poluição plástica, temos de trabalhar em muitas frentes, do desenvolvimento de materiais, passando pela padronização para facilitar a reciclagem, por mais conscientização dos consumidores e mudança de comportamento, até o desenvolvimento de políticas que incentivem uma economia circular, o uso eficiente de recursos e sistemas sustentáveis de gestão de resíduos”, completa a embaixadora sueca para o Oceano, Helen Ågren.

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