Nesta sexta-feira (4), equipes de analistas utilizaram avião equipado com sensores para vistoriar o local. Vazamento de 4.900 litros de óleo de uma plataforma da Petrobras começou na quarta-feira.
Por Aline Rickly | G1 — Região Norte Fluminense
Equipes de analistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis vistoriaram nesta sexta-feira (4), a área atingida por um vazamento de óleo na Bacia de Campos, a aproximadamente 130 km da Costa de Macaé, no Litoral Fluminense.
Equipes de analistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis vistoriaram nesta sexta-feira (4), a área atingida por um vazamento de óleo na Bacia de Campos, a aproximadamente 130 km da Costa de Macaé, no Litoral Fluminense.
Embarcações atuam para dispersar a mancha de óleo no mar a 130 km da Costa de Macaé — Foto: Agência Petrobras |
Segundo o Ibama, foi usado um avião equipado com sensores para fazer a vistoria no local onde foi registrado um vazamento de 4.900 litros de óleo entre quarta (2) e quinta-feira (3).
Um laudo técnico vai determinar a dimensão do dano ambiental e servirá de base para aplicação de sanções à Petrobras, de acordo com o Ibama, que afirmou que vai continuar monitorando a área nos próximos dias em ação coordenada com a Marinha e a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
“Até o momento, não há indicativo de chegada de óleo nas praias da região e não foram avistados animais atingidos pelo vazamento”, disse a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirill.
De acordo com o Ibama, a mancha no mar media pelo menos 38 quilômetros de extensão por 20 metros de largura, quando foi identificada. Nesta sexta (4), a Petrobras informou que ela foi reduzida para 6 km.
Sobre as causas do acidente, o Ibama informou que o produto vazou a partir de um furo no casco de uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO, na sigla em inglês) da Petrobras.
Segundo o órgão, a Petrobras enviou três embarcações para a área atingida para dispersão mecânica do óleo e aumentou o calado da plataforma, o que elevou a pressão de fora para dentro na estrutura, interrompendo o vazamento na quinta-feira (3).
O Ibama disse que mergulhadores ainda realizam o tamponamento do furo como medida definitiva e afirma que: "há possibilidade de ocorrer desprendimento de óleo residual da estrutura da plataforma, de material impregnado no casco do navio e por diferença hidrostática em função da movimentação da embarcação".
Apesar da FPSO estar em fase de descomissionamento (desativação), o Ibama afirma que ela possui Licença de Operação (LO) válida.
Ainda segundo o órgão, o óleo restante nos tanques da FPSO Cidade do Rio de Janeiro será transportado pela Petrobras para outros reservatórios intactos.
O G1 aguarda resposta da ANP, responsável pela fiscalização da segurança operacional da plataforma, para saber quais medidas estão sendo tomadas.