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Nesta sexta-feira, será lançado na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, o Fórum Internacional de Biocombustíveis, idealizado por Brasil, África do Sul, China, Estados Unidos, Índia e Comissão Européia.
O objetivo do Fórum, segundo o Itamaraty, é desenvolver internacionalmente o uso e a produção sustentável de biocombustíveis.
Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a iniciativa cria um mecanismo para estruturar o diálogo entre os grandes produtores e consumidores de biocombustíveis interessados em promover a criação de um mercado internacional para esses produtos.
O Fórum Internacional pretende concentrar os debates no fortalecimento de um mercado internacional que vai contribuir para aumentar a eficiência na produção, na distribuição e no uso de biocombustíveis no plano global.
Com esse objetivo, haverá um esforço para que se fortaleça a coordenação internacional e o trabalho conjunto para que esses combustíveis sejam difundidos mundialmente, de forma sustentável, potencializando seus benefícios econômicos, sociais e ambientais.
O Brasil entende que os biocombustíveis são alternativa economicamente viável e de aplicação imediata para a substituição parcial dos derivados de petróleo e diversificação da matriz energética mundial. Seu uso é vantajoso tanto nos países em desenvolvimento como nos países desenvolvidos.
O assunto será tema prioritário no encontro que os presidentes Lula e George W. Bush terão em São Paulo, nos dias 8 e 9 deste mês.
De acordo com o Itamaraty, para países em desenvolvimento, consumir biocombustíveis significa reduzir sua dependência das importações de petróleo, melhorar o equilíbrio de suas balanças comerciais e poupar receita para aumentar seus investimentos em saúde e educação.
Além disso, esses países têm como proporcionar benefícios ambientais, pois produzir biocombustíveis promove geração de renda e contribui para a fixação da mão-de-obra no campo.
“Para os países desenvolvidos, o uso de biocombustíveis é também atraente, pois diminui a dependência de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução de suas emissões de gases de efeito estufa e garantindo maior segurança energética. Os biocombustíveis têm potencial de mobilizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento em tecnologias associadas, o que conferirá maior dinamismo ao processo de mudança de paradigma no uso de energia no plano global”, assegura o Ministério das Relações Exteriores, em nota.
O Fórum terá duração de um ano e os participantes da iniciativa deverão realizar reuniões periódicas para dar continuidade ao diálogo sobre os temas definidos como prioritários. Serão estabelecidos Grupos de Trabalho (Gts) para o estudo de assuntos de especial interesse para atividades conjuntas.
Inicialmente serão criados dois GTs: um sobre Intercâmbio de Informações e outro sobre Padrões e Normas. Os participantes examinarão o desenvolvimento de padrões e normas internacionais para os biocombustíveis; questões de infra-estrutura e logística e aspectos relativos ao comércio internacional desses produtos.
Durante o Fórum, serão trocarão informações sobre avanços científicos e tecnológicos (biocombustíveis de segunda e terceira geração) e trabalharão na organização de Conferência Internacional de Biocombustíveis, a ser realizada no Brasil, em 2008.
Fórum Internacional de Biocombustíveis
março 03, 2007
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