Escorpião invade o Rio

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Há risco de infestação na Ilha, Baixada, Campos e Sul do estado

Rio - Pequena mas perigosíssima praga está está ganhando terreno no estado do Rio. O aumento da incidência em áreas urbanas do escorpião-amarelo, aracnídeo cujo veneno pode matar crianças e idosos, ligou o alerta no Instituto Vital Brazil (IVB). Há risco de infestação na Ilha do Governador; em Belford Roxo; em Campos e em Rio das Flores, no Sul Fluminense. Para impedir que os escorpiões invadam suas casas, a população deve evitar ao máximo o acúmulo de lixo nos terrenos.

“O aquecimento global e o desmatamento ajudaram a levar o escorpião-amarelo às grandes cidades. Mas o crescimento desordenado das periferias em direção a áreas de mata e o acúmulo de lixo e entulhos perto das casas também preocupam”, avisa Cláudio Maurício de Souza, biólogo do IVB.

O especialista explica que as mudanças climáticas alteraram o ciclo reprodutivo do animal. “Antes, eles só procriavam no inverno. Agora, como as estações estão menos definidas, eles se reproduzem o ano todo, gerando muito mais escorpiõezinhos. Cada gravidez traz até 30 filhotes”, destaca.

O IVB fará em Rio das Flores projeto-piloto de mapeamento de escorpiões. Após localizá-los, técnicos escolherão a melhor estratégia para combatê-los. O programa será expandido para o estado.

MUITA DOR E CALAFRIOS

Os escorpiões passam o dia todo escondidos e saem para caçar alimentos à noite — razão pela qual eles se instalam na casa sem serem notados. Os bichos proliferam em paredes e muros mal rebocados, madeira empilhada e entulho. Preferem umidade, pouca luz e insetos.

A picada de escorpião é das mais letais. Provoca intensa dor na área imediatamente; faz a pessoa suar frio; causa febre e contrações musculares e até altera os batimentos cardíacos.

Se a pessoa for picada, é importantíssimo seguir alguns cuidados, como jamais sugar o veneno e levar a vítima aos hospitais Lourenço Jorge (Av. Ayrton Senna 2.005, Barra) ou do Fundão. Informações sobre a presença do bicho devem ser repassadas ao IVB: 2715-1555.

Morador da Cacuia, o aposentado Valdir Silva, 57 anos, está preocupado. Ele é vizinho do Morro do Dendê, onde um foco já foi encontrado. “Estarei de olho. Tão logo apareça um, vou ligar para o IVB”, conta.

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