Um relatório da organização internacional Oxfam defende que os países do G8 (as sete economias mais industrializadas do mundo e a Rússia) deveriam desembolsar pelo menos US$ 40 bilhões para financiar a adaptação de países mais pobres aos tempos de aquecimento global.
A cifra, que a entidade disse ser conservadora, se baseia em um cálculo de quanto as comunidades nos países em desenvolvimento necessitarão para adaptar suas vidas ao que a ONG chama de "estresse do clima".
"As comunidades terão de construir sua resistência adotando tecnologias apropriadas e diversificando seu modo de vida para lidar com o estresse climático que vai além da dimensão da experiência humana", explicou o relatório.
"Os ministros terão de aprender a planejar e propor orçamentos diante da incerteza do clima. Novas e velhas infra-estruturas nacionais, como hospitais, reservatórios e estradas devem ser produzidas considerando o clima."
A entidade disse que serão necessários pelo menos US$ 50 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) para realizar essas adaptações, e que os países do G8 deveriam pagar 80% desse volume. Para a Oxfam, as maiores contribuições devem vir dos Estados Unidos e da União Européia. O Brasil deveria ficar isento desta contribuição, segundo o estudo.
Choque - O texto, divulgado uma semana antes da reunião do G8 na Alemanha, estima a parte desta cifra que cada país deve assumir para financiar a adaptação. A Oxfam classificou os países baseando-se nas responsabilidades de cada um pelas emissões de carbono a partir de 1992 (quando, na prática, todos os governos do mundo se comprometeram a lutar contra a mudança climática).
A ONG considerou ainda a capacidade de pagamento de cada país, baseada na posição que cada qual ocupa no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Segundo o ranking da Oxfam, os Estados Unidos devem arcar com a maior parte dos US$ 50 bilhões necessários: 43,7%. A União Européia deveria responder por 31,6%, disse a ONG. Outros países com contas a prestar seriam a Alemanha (7,1%), Grã-Bretanha (5,3%) e Itália (4,6%), sustenta o relatório. O Japão, segundo a Oxfam, teria que contribuir com 12,9% dos US$ 50 bilhões anuais. O Canadá teria que dar 4,3% e a Austrália, 2,9%.
Conta - Por outro lado, a Oxfam selecionou outros países que não precisariam dar contribuições para o fundo de adaptação. O primeiro citado na lista é o Brasil, seguido da China, Índia, Rússia e África do Sul.
A entidade afirmou que os países mais pobres do mundo são os que têm menos responsabilidade pelas emissões de gases de efeito estufa, e os menos capazes de se adaptarem aos choques climáticos.
"Não se pode esperar que países em desenvolvimento paguem a conta pelo impacto dos países ricos", disse Celine Charveriat, chefe da campanha por comércio internacional justo da Oxfam.
"Os países do G8 têm duas obrigações durante os preparativos para a reunião na Alemanha: parar de causar danos (ao clima) cortando suas emissões (de carbono) para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus, e começar a ajudar os países pobres a lidarem (com a mudança climática), pagando sua parte dos US$ 50 bilhões por ano em fundos de adaptação." (BBC Brasil/ Estadão Online)
A cifra, que a entidade disse ser conservadora, se baseia em um cálculo de quanto as comunidades nos países em desenvolvimento necessitarão para adaptar suas vidas ao que a ONG chama de "estresse do clima".
"As comunidades terão de construir sua resistência adotando tecnologias apropriadas e diversificando seu modo de vida para lidar com o estresse climático que vai além da dimensão da experiência humana", explicou o relatório.
"Os ministros terão de aprender a planejar e propor orçamentos diante da incerteza do clima. Novas e velhas infra-estruturas nacionais, como hospitais, reservatórios e estradas devem ser produzidas considerando o clima."
A entidade disse que serão necessários pelo menos US$ 50 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) para realizar essas adaptações, e que os países do G8 deveriam pagar 80% desse volume. Para a Oxfam, as maiores contribuições devem vir dos Estados Unidos e da União Européia. O Brasil deveria ficar isento desta contribuição, segundo o estudo.
Choque - O texto, divulgado uma semana antes da reunião do G8 na Alemanha, estima a parte desta cifra que cada país deve assumir para financiar a adaptação. A Oxfam classificou os países baseando-se nas responsabilidades de cada um pelas emissões de carbono a partir de 1992 (quando, na prática, todos os governos do mundo se comprometeram a lutar contra a mudança climática).
A ONG considerou ainda a capacidade de pagamento de cada país, baseada na posição que cada qual ocupa no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Segundo o ranking da Oxfam, os Estados Unidos devem arcar com a maior parte dos US$ 50 bilhões necessários: 43,7%. A União Européia deveria responder por 31,6%, disse a ONG. Outros países com contas a prestar seriam a Alemanha (7,1%), Grã-Bretanha (5,3%) e Itália (4,6%), sustenta o relatório. O Japão, segundo a Oxfam, teria que contribuir com 12,9% dos US$ 50 bilhões anuais. O Canadá teria que dar 4,3% e a Austrália, 2,9%.
Conta - Por outro lado, a Oxfam selecionou outros países que não precisariam dar contribuições para o fundo de adaptação. O primeiro citado na lista é o Brasil, seguido da China, Índia, Rússia e África do Sul.
A entidade afirmou que os países mais pobres do mundo são os que têm menos responsabilidade pelas emissões de gases de efeito estufa, e os menos capazes de se adaptarem aos choques climáticos.
"Não se pode esperar que países em desenvolvimento paguem a conta pelo impacto dos países ricos", disse Celine Charveriat, chefe da campanha por comércio internacional justo da Oxfam.
"Os países do G8 têm duas obrigações durante os preparativos para a reunião na Alemanha: parar de causar danos (ao clima) cortando suas emissões (de carbono) para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus, e começar a ajudar os países pobres a lidarem (com a mudança climática), pagando sua parte dos US$ 50 bilhões por ano em fundos de adaptação." (BBC Brasil/ Estadão Online)