Depois de séculos de caça indiscriminada, as baleias-francas (Eubalaena australis) finalmente estão recuperando sua população, atraindo turistas que querem ver o nascimento e a amamentação de seus filhotes no litoral de Santa Catarina. Os pesquisadores do Projeto Baleia Franca, neste ano, estão comemorando um número expressivo: 56 baleias registradas nos mares catarinenses no mês de julho deste ano, enquanto no ano passado só 11 animais foram avistados nesse mesmo período. Os cientistas do Projeto Baleia Franca usam helicópteros para monitorar a população dos cetáceos. Há 25 anos, foram avistados apenas duas baleias da espécie no litoral catarinense; já na última temporada de reprodução houve o registro de mais de 200 indivíduos. Os animais estão entre os que mais sofreram com a caça desde tempos medievais, porque seu cadáver flutua quando são mortos com arpões. Assim, era fácil para os baleeiros aproveitar sua carne e gordura. O método de identificação visual de indivíduos leva em conta as calosidades na cabeça do bicho. Elas funcionam como impressões digitais -- nenhum indivíduo tem os mesmos calombos que os de seu vizinho, o que facilita rastreá-las. Segundo a bióloga Karina Grock, a população das baleias-francas no Brasil cresce a uma taxa de 14% ao ano, mas a espécie ainda é a segunda mais ameaçada do mundo. (Fonte: Portal G1)
O espetáculo das baleias-francas no estado sulino dura cinco meses. Os animais, com até 18 metros de comprimento e 60 toneladas, migram da Antártida para o litoral sul do Brasil em busca de águas mais quentes, onde podem dar à luz seus filhotes e amamentá-los. Os turistas podem observá-las com relatividade facilidade porque as baleias chegam bastante perto da praia.
Baleia-franca se recupera da caça no Brasil
agosto 10, 2007
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