Mineiros brasileiros acusados de poluir águas da Guiana com mercúrio

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Georgetown, 23 ago (EFE): O Fundo Mundial para a Fauna e Flora Silvestres (WWF, na sigla em inglês) e a associação de mineradores de ouro e diamantes da Guiana (GGDMA, na sigla em inglês) acusaram hoje os mineiros do Brasil de poluírem com mercúrio os rios dos distritos guianenses que contêm metais preciosos.

O coordenador de projetos do WWF, Rickford Viera, disse que a poluição com mercúrio constitui "um grave problema", apesar de os brasileiros terem ajudado a aumentar a produção de ouro desde que começaram suas operações na região.

"Enquanto os mineiros seguirem jogando mercúrio nas minas, e queimando o vapor, continuaremos tendo problemas de poluição", disse Viera.

Os processos mecanizados dos brasileiros, que ajudaram a agilizar a produção, também aumentaram as agressões ao meio ambiente, disse Viera.

O mercúrio é uma perigosa toxina que pode provocar danos cerebrais.

Apesar das estritas leis ambientais guianenses, o WWF diz que a falta de equipamento dos fiscais do país contribui para o agravamento da situação.

O secretário-executivo da GGDMA, Tony Shields, negou que mineiros guianenses poluam os rios que os índios utilizam para pescar e realizar seus afazeres domésticos.

Shields acusou os responsáveis da Comissão de Geologia e Minas de Guiana de se recusarem a cumprir a lei, por receberem subornos dos mineiros.

Após o esgotamento das reservas de ouro e diamantes do Brasil, na década 90, os mineiros brasileiros começaram a entrar de maneira ilegal na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa.

Estima-se a existência de pelo menos dois mil mineiros brasileiros na Guiana, que produzem cerca de 200 mil onças de ouro ao ano.

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