Situação de emergência

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ELAÍZE FARIAS

O prefeito Amazonino Mendes decretou situação de emergência em Manaus para atender às famílias da capital que serão atingidas pela cheia do rio Negro, que este ano promete ser uma das maiores cheias da capital em mais de cem anos. O secretário municipal de Defesa Civil, Ary Renato, estima que 18 mil pessoas de três mil famílias serão diretamente afetadas pela enchente em Manaus este ano. Mais de 300 casas deverão ficar alagadas.

O decreto da situação de emergência, que retira da prefeitura a obrigação de realizar licitações, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na edição do último dia 8, mas somente ontem foi divulgado. Ontem à tarde, em Brasília, Amazonino Mendes reuniu-se com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a quem comunicou o decreto.

Ajuda

O prefeito de Manaus solicitou ajuda financeira do ministro, mas não informou os valores. Após a audiência, ele disse apenas que Geddel Vieira Lima mostrou-se "bastante sensibilizado com o pleito levado a efeito", referindo-se à solicitação de recursos para ajudar as vítimas da enchente em Manaus.

Conforme Mendes, Geddel iria verificar as condições para liberar os recursos para auxiliar os atingidos pela cheia em Manaus. "Reservo-me à condição de depois, quando a coisa acontecer, a gente ter uma conversa mais concreta", disse o prefeito.

Após a homologação da Secretaria Nacional de Defesa Civil da situação de emergência, a prefeitura poderá, entre outras medidas, "contratar, sob o regime de direito administrativo, pessoal por tempo indeterminado", conforme consta no decreto. Segundo o decreto, a Defesa Civil municipal poderá "convocar voluntários para reforçar as ações de resposta aos desastres e a realização de campanhas de arrecadação de recursos, junto às comunidades, com objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada".

De acordo com o secretário municipal de defesa civil, Ary Renato, 3.289 casas da zona urbana de Manaus serão alagadas. Até ontem, 1.913 já estavam nesta situação. Conforme a Defesa Civil, dos 19 bairros e comunidades que estão no mapa da enchente, as situações mais críticas são na Glória, São Raimundo e São Geraldo, na Zona Oeste. Além de distribuição de madeiras para construções de marombas e pontes, a Defesa Civil também elabora o plano de remoção das famílias a abrigos.

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