Maranhão suspende ano letivo em 78 municípios

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Unidades de ensino das redes estadual e municipais ficarão sem aula por tempo indeterminado nas localidades atingidas pelas chuvas. Maioria das escolas está alagada ou servindo de abrigos públicos

SÃO LUÍS – As escolas públicas estaduais e municipais das 78 cidades que decretaram situação de emergência no Maranhão em função das chuvas confirmaram a suspensão do ano letivo de 2009 por tempo indeterminado. A maioria das escolas está alagada ou serve de abrigos para desalojados ou desabrigados no Estado.

Dados da Secretaria de Educação do Maranhão mostram que somente na rede estadual 54 escolas estão desativadas. Diretamente, 22.622 alunos estão sem aulas apenas na rede pública estadual.

Nas redes municipais das localidades atingidas, pelo menos outras 70 escolas e cerca de 30 mil alunos estão sem aula. O maior número de escolas atingidas estão em Itapecuru-Mirim, Bacabal, Pedreiras e Trizidela do Vale. Os números são parciais e a quantidade de escolas afetadas, ainda maior.

De acordo com o secretário de Educação do Maranhão, César Pires, será necessária a revisão do calendário letivo este ano. E, por conta disso, o Maranhão viverá uma situação inusitada: haverá, no mesmo Estado, dois anos letivos – um para as cidades não atingidas pelas chuvas e outro para as inundadas.

Ainda segundo ele, não é possível determinar quando se dará o reinício das aulas para aqueles que terão o ano letivo suspenso. “O estado (das escolas) é lamentável e será necessário um mutirão para retomar as aulas”, afirmou.

Dados da Defesa Civil do Maranhão mostram que 74.263 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas e nove mortes já foram confirmadas. Foi incluída uma morte por afogamento de uma garota de 18 anos na cidade de Trizidela do Vale. Ao todo, o Maranhão já contabiliza 204.884 afetados pelas chuvas.

Ontem, o Embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, anunciou o repasse de US$ 50 mil à agência de ajuda humanitária Cáritas Brasileira, Regional Maranhão. O Wal-Mart também anunciou uma doação de 5 toneladas de alimentos e a Alcoa (Alumar), a doação de outros US$ 50 mil às famílias desabrigadas.

CEARÁ

Mais pessoas precisaram abandonar suas casas no Ceará por conta das chuvas. A Defesa Civil informou ontem que o número de desabrigados (quem está em abrigos públicos) subiu de 17.391 para 22.053. O de desalojados (hospedados na casa de parentes ou amigos) passou de 27.210 para 32.860.

Os temporais já castigaram 78 municípios cearenses, dos quais 23 decretaram situação de emergência, e matou 12 pessoas.

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