Os voos transatlânticos com o A380 poderão reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono) em três toneladas
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Um consórcio liderado pela Airbus, em parceria com a Air France e os fornecedores de serviços de navegação aérea da Grã-Bretanha, Canadá e os Estados Unidos (NATS, Nav Canada e a FAA) em breve começarão testes TGF (Transatlantic Green Flight ou Teste Transatlântico Ecológico, em português), com um A380 da Airbus em voos regulares entre os aeroportos JFK, em Nova York e CDG, em Paris. Sob um recente contrato do SJU (SESAR Joint Undertaking ou Entendimento Conjunto SESAR, em português), esses testes TGF com A380 são parte da AIRE2 (Atlantic Interoperability Inititive to Reduce Emissions ou segunda fase da Iniciativa Atlântica de Interoperabilidade para redução de Emissões, em português). A primeira fase, a AIRE, foi lançada em conjunto pela Comissão Europeia e a FAA (Federal Aviation Administration ou Administração Federal de Aviação, em português), em junho de 2007, no Paris Air Show.
Os voos TGF para os quais a Airbus colaborou com vários elementos, deverão ser realizados durante um período de um mês e meio a dois meses no quarto trimestre de 2010. Eles cobrirão a otimização do procedimento, incluindo o movimento de táxi no Aeroporto John F. Kennedy, e o voo sobre o Oceano Atlântico. Espera-se que nessa operação toda, cada voo com A380 possa reduzir em cerca de três toneladas as emissões de CO2, quando comparada aos procedimentos atuais.
"Esses testes de voos transatlânticos poderão ajudar a indústria a dirigir os seus esforços para o desenvolvimento, a longo prazo, do crescimento sustentável e de conceitos operacionais mais eficientes", disse Charles Champion, Vice-presidente Executivo de Engenharia da Airbus. Ele também afirmou que os testes que estão sendo realizados hoje com o A380 contribuirão para estabelecer os padrões do amanhã, graças ao amplo sistema de melhorias no Gerenciamento do Tráfego Aéreo, preparado por programas como o SESAR e o NextGen.
Contribuições operacioais do TGF:
A FAA dará suporte à Air France para começar cada teste com um econômico "movimento de táxi com motor reduzido", do portão de embarque até a pista no JFK. Isso será possível por meio de estimativas de tempo de movimento de táxi, permitindo que o A380 faça esse percurso utilizando apenas dois dos seus quatro motores. Enquanto isso, a NATS (National Air Trasport System ou Sistema Nacional de Tráfego Aéreo, em português) e a Nav Canada facilitarão a parte do voo sobre o Atlântico, o que reduzirá as emissões de CO2, utilizando uma trajetória otimizada, na qual mais flexibilidade será arranjada para a velocidade, a altitude e os deslocamentos laterais. Essa trajetória aproveitará a grande altitude de cruzeiro do A380, superior a 12.000 m (39.000 pés).
A Airbus também está engajada como parceira em dois outros testes AIRE2: o "VINGA" e o "Green Shuttle". O primeiro deles, que trabalha sobre a experiência dos testes de voo AIRE "MINT" realizados no ano passado (com a Novair e o Serviço Sueco de Navegação Aérea), validará pela primeira vez uma transição de uma aproximação em curva RNP 0.3 para uma aproximação ILS (Instrument
Landing System ou Sistema de Pouso por Instrumentos, em português), no Aeroporto Landvetter, em Gotemburgo, na Suécia. Essa implementação operacional será facilitada pela Quovadis, uma subsidiária de serviços RNP (Required Navigation Performance ou Desempenho Exigido de Navegação, em português) da Airbus. Enquanto isso, o projeto "Green Shuttle", em parceria com a Air France e a fornecedora de serviços de navegação aérea francês DSNA (Direction des Services de la Navigation Aérienne ou Direção de Serviços de Navegação Aérea, em português), procura otimizar todas as fases dos voos "La Navette" da companhia aérea, entre o Aeroporto de Orly, em Paris, e Toulouse, que são operados com aeronaves da Família A320 (A318, A319, A320 e A321).