Uso econômico da Reserva Legal preservaria Cerrado

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Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável

Estudo realizado na Esalq - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, provou que estimular, de forma sustentável, o uso econômico das áreas de Reserva Legal no Cerrado pode ajudar na conservação do bioma.


Isso porque, de acordo com a pesquisa, ao agregar valor econômico a essas áreas, os proprietários de terra teriam mais interesse em zelar pelas Reservas Legais, o que reduziria as ações de destruição do Cerrado e, ainda, diminuiria a necessidade de fiscalização dessas áreas por parte do governo.

A pesquisa - desenvolvida por Ana Cláudia Sant’Anna, aluna do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada da Esalq, sob orientação de Ricardo Shirota - foi focada nos benefícios da extração sustentável do pequi, em comparação ao cultivo de soja - muito comum no Cerrado -, nas microrregiões de Iporá, em Goiás, e Pirapora, em Minas Gerais.

A conclusão foi de que nas Reservas Legais onde há dez ou mais árvores de pequi por hectare, sendo exploradas de forma sustentável, é possível obter uma margem bruta de renda igual ou, até mesmo, superior àquela conquistada com o cultivo ilegal de soja.

Apesar dos resultados positivos, a pesquisadora Sant’Anna fez questão de ressaltar que a plantação homogênea é proibida nas Reservas Legais e, portanto, o estudo é, apenas, um pontapé inicial para a análise dos benefícios do uso econômico dessas áreas no Cerrado.

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