Reuters
OSLO - A capacidade das florestas europeias de absorverem o dióxido de carbono está quase saturada, o que ameaça uma das principais defesas do continente contra o aquecimento global, mostrou um estudo publicado neste domingo. Esta saturação pode até o ano 2030 se não forem tomadas ações pelos governos, afirmou o autor do estudo, Gert-Jan Nabuurs, da Universidade de Wageningen.
As florestas europeias estão em suas melhores condições desde o período medieval, principalmente graças ao replantio que começou depois da Segunda Guerra Mundial, afirmou o relatório. Mas informações desde 2005 mostraram que o crescimento das florestas está desacelerando, já que elas já tomam grandes áreas e estão envelhecendo. Isto tem ocorrido principalmente em França e Alemanha.
Desta forma, estão reduzindo sua capacidade de absorver emissões que são responsáveis pelo aumento das temperaturas mundiais, do nível do mar e do número de ondas de calor e inundações. As árvores estão sendo ameaçadas por mais incêndios, tempestades e ataques de insetos, afirmou o estudo publicado na revista “Nature Climate Change”. Atualmente, elas absorvem cerca de 10% das emissões da Europa.
“Políticas públicas de florestas e estratégias de manejo precisam de uma revisão se autoridades quiserem sustentar esta dissipação”, cobrou o relatório.
A União Europeia planeja cortar até 2020 as emissões de gases do efeito estufa em 20% em relação aos níveis de 1990.