Irrigação é proibida em quatro cidades do Espírito Santo

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Municípios estão na lista daquelas em situação extremamente crítica.

Uso da água deve ser para consumo humano e dessedentação animal.


Vilmara Fernandes | A Gazeta

Quatro municípios da região Serrana do Espírito Santo foram incluídos na lista dos que estão em situação extremamente crítica, em decorrência da seca, desde o dia 9 de setembro. Com isso, a irrigação nestas cidades foi proibida. O uso da água passa a ser prioritário para o consumo humano e para a dessedentação animal.


Captação de água do Rio Sta Maria na região de Queimados pela Cesan (Foto: Marcelo Prest/ A Gazeta)
Captação de água do Rio Santa Maria na região de Queimados pela Cesan (Foto: Marcelo Prest/ A Gazeta)

As quatro cidades estão às margens dos rios que abastecem a Grande Vitória, o Jucu e o Santa Maria da Vitória. Os municípios são: Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. A resolução 42/2016, da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), foi publicada no Diário Oficial do Estado, no dia 9.

O documento cancela os acordos que os comitês municipais tenham feito com os produtores rurais e lança mão do cenário de alerta vivido pelo estado, a permanência do período de estiagem e o perigo iminente de desabastecimento nos municípios que integram a Grande Vitória para justificar a decisão.

Os dois rios que abastecem a Grande Vitória – Jucu e o Santa Maria da Vitória – estão com vazões muito abaixo do limite crítico. Em um deles, a vazão voltou a cair na última sexta-feira (16).

Os dois já não chegam ao mar. Ficam retidos no entroncamento de pedras que garante volume para a captação de água da Cesan.

De acordo com Roberto Ribeiro, secretário-executivo do Comitê de Bacia do Santa Maria, a situação do manancial é muito crítica. “O volume de água que existe hoje na Represa Rio Bonito garante abastecimento por mais 25 dias”, assinalou.

De acordo com a Cesan, responsável pelo abastecimento da Grande Vitória, o setor industrial – Vale e Arcelor –, consome 349.163 m³ (média mensal), cerca de 34% a menos do que em 2015. A água fornecida para as empresas provém da captação feita pela Cesan nos dois rios.

A empresa adiantou que, diante de um possível racionamento de água para os moradores, “atenderá o que determina a legislação, com prioridade para o abastecimento humano e a dessedentação animal”, informou por intermédio de nota.




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