Um ano depois de um sismo de magnitude 7,8 ter abalado a Nova Zelândia, os geólogos fazem previsões alarmantes. Eles supõem que aquele terremoto reativou uma falha geológica geradora de sismos que era considerada "adormecida".
Sputnik
Segundo as piores previsões dos cientistas, pode-se esperar um novo forte terremoto de magnitude recorde de 9,0 na Nova Zelândia, o que provocaria também um imenso tsunami que afetaria as ilhas da zona, escreve o RT, citando The Marlborough Express.
Nova Zelândia | CC0 / Pixabay |
Os preocupantes movimentos tectônicos se centram na zona da fossa de Hikurangi, perto da costa leste da ilha Norte da Nova Zelândia, onde o platô submarino de Hikurangi se encontra em subducção sob a crosta continental da placa indo-australiana. Considerava-se que este platô estava preso debaixo da plataforma continental, mas os cientistas do centro de estudos geológicos da Nova Zelândia (GNS) supõem agora que já não esteja estável.
A fricção entre essas duas partes gigantescas da crosta terrestre acumula forte tensão, que é libertada durante terremotos de intensidade variável. No caso da Nova Zelândia, estima-se que isso poderia resultar em um terremoto de magnitude 9,0, segundo diz a geóloga Ursula Cochran, citada pelo The Marlborough Express.
"Primeiramente temos que pensar na situação do Japão em 2011, porque, se o limite de toda a placa se quebrar, isso levaria a um terremoto de magnitude 9", afirmou. Atualmente, ninguém pode especificar quando poderia ocorrer uma catástrofe desta escala, nem se toda a fossa de Hikurangi deslizaria ao mesmo tempo. Porém, os cientistas sublinham a necessidade de levar em consideração a possibilidade de um grande desastre.
"Não devemos ter medo, devemos estar preparados", ressaltou Cochran, citada pelo New Zealand Herald.
A ameaça não passa despercebida ao governo da Nova Zelândia, que alocou 767.470 dólares (R$ 2.491.361) a projetos destinados a elevar o nível de preparação das ilhas perante um possível desastre provocado por uma quebra na zona de subdução de Hikurangi, de acordo com o centro de coordenação do projeto, East Coast LAB.