Seringa, canudos e muito plástico: lixo oceânico ameaça piscina natural em Fernando de Noronha

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Plástico levado por correntezas fica preso em pedras ao lado de 'berçário' de peixes e corais.


Por Tatiana Coelho | G1 — Fernando de Noronha, PE

Fernando de Noronha é um dos lugares de maior preservação da vida marinha no Brasil. Ao mesmo tempo um parque nacional marinho e uma área de proteção ambiental, o arquipélago pode se vangloriar de ter vida intensa em suas águas.

Diversos pedaços de plástico e até uma seringa são encontrados próximo à piscina natural do Atalaia em Fernando de Noronha — Foto: Fábio Tito/G1
Diversos pedaços de plástico e até uma seringa são encontrados próximo à piscina natural do Atalaia em Fernando de Noronha — Foto: Fábio Tito/G1

Mas, além de enfrentar o problema do tratamento do próprio lixo, a ilha já sofre as consequências da crescente poluição dos oceanos, especialmente por plásticos.

O G1 viajou até lá para a estreia da série "Desafio Natureza”, que vai mostrar as questões ambientais que desafiam esses destinos e como cada um de nós pode fazer a sua parte para enfrentar o problema.

A ameaça é visível no Pontal do Atalaia, uma das piscinas naturais de Noronha. O acesso limitado de 96 pessoas por dia não impede que o plástico se acumule na faixa de areia da praia.

A trilha que leva ao local dura cerca de 30 minutos de caminhada - se o trajeto não estiver com lama - e cada grupo de visitantes pode ficar apenas meia hora na piscina. O uso de protetor solar é proibido e é preciso usar colete salva-vidas para boiar e não encostar no fundo.

Lixo que vem do oceano

O G1 fez a trilha acompanhado de um biólogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que mostrou onde se acumula o lixo que chega com a corrente marinha.

Quando a maré sobe, as pedras do Atalaia acabam funcionando como um filtro e retêm os inúmeros pedaços de plásticos.

Abaixo das pedras o que se vê é assustador: inúmeras tampinhas plásticas, seringa, escova de dentes, plástico de várias formas. O plástico pode demorar até 100 anos para se decompor, mas com o sol e a água salgada ele vai mudando de tamanho.


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