Por André Trigueiro | G1 Rio e TV Globo
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Prefeitura do Rio pediram ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) o arquivamento do processo de licença prévia da construção do Autódromo Internacional de Deodoro.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Prefeitura do Rio pediram ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) o arquivamento do processo de licença prévia da construção do Autódromo Internacional de Deodoro.
O documento afirma ainda que se trata de um santuário com fragmentos florestais com diversas espécies de fauna e flora, muitas delas ameaçadas de extinção.
Até a última atualização desta reportagem, o Inea não havia se posicionado sobre o pedido.
Em uma rede social, Cavaliere afirmou que está "desistindo oficialmente da construção do Autódromo Internacional do Rio".
O presidente da empresa que ganhou a licitação para construir e administrar o autódromo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é também sócio da empresa que fez estudos que embasaram o edital da concorrência.
Vencedora da licitação do autódromo de Deodoro, a Rio Motorpark apresentou como garantia à Prefeitura do Rio uma carta-fiança de quase R$ 7 milhões do Maxximus Bank, empresa que não é uma instituição autorizada pelo Banco Central.
A prefeitura aceitou a garantia e afirmou, em nota, que a empresa era um “banco de primeira linha”.
Em junho de 2019, o G1 mostrou as suspeitas sobre a licitação. A vencedora, a Rio Motorpark, foi criada 11 dias antes da concorrência e tinha capital social de R$ 100 mil, embora o mínimo exigido fosse de R$ 69,7 milhões. A própria Maxximus negou ao G1 que seja um banco.
Em maio daquele ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a construção e disse que o Rio voltaria a sediar o GP de Fórmula 1.
“Por ocasião da Fórmula 1 do ano que vem, ela será realizada no Brasil e no caso no Rio de Janeiro. São milhares de empregos, o setor hoteleiro feliz, com toda a certeza, sete mil empregos direto e indiretos que permanecerão para sempre. Ou seja, ganha o Rio de Janeiro, ganha o Brasil (...) Sem nenhum dinheiro público", disse o presidente.